Covid-19: Ministério Público alemão investiga 22 mortes num lar de idosos

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Porto Canal com Lusa

Berlim, 02 abr 2020 (Lusa) -- O Ministério Público alemão está a investigar as circunstâncias da morte de 22 pessoas infetadas com o novo coronavírus num lar de idosos em Wolfsburg, no estado da Baixa Saxónia (noroeste da Alemanha), foi hoje divulgado.

Segundo o diário local Wolfsburger Allgemeine Zeitung, citado pelas agências internacionais, a investigação foi aberta após uma queixa fundamentada por informações facultadas por funcionários da equipa do lar que apontam para uma eventual negligência e uma "situação de higiene catastrófica".

Também foi apontado que o lar de idosos em questão proibiu a entrada de visitas externas demasiado tarde, tendo sido esta uma das primeiras medidas adotadas pela maioria das residências para idosos na Alemanha face à pandemia da covid-19.

Este caso não é o único que está a chamar a atenção para os riscos de contágio que ocorrem nos lares para idosos.

Na localidade de Würzburg, no estado da Baviera, outro lar de idosos registou 16 vítimas mortais entre os seus utentes.

A Alemanha registou 6.156 novos casos diagnosticados de covid-19 em apenas um dia, somando um total de 73.522 casos, segundo os dados mais recentes do Instituto Robert Koch (RKI), que também dão conta de 872 vítimas mortais, um aumento de 140.

A página oficial da entidade responsável pela prevenção e controlo de doenças indicou ainda que a Baviera, a maior região do país, onde foi descoberto o primeiro infetado de covid-19, é agora a que regista mais casos (18.496) e maior número de vítimas mortais (268).

A Alemanha prolongou esta quarta-feira as medidas de contenção pelo menos até 19 de abril.

A Alemanha é neste momento o quinto país com mais casos de infetados com o novo coronavírus depois dos Estados Unidos (215.417), Itália (110.574), Espanha (104.118) e China (82.381).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

 

SCA (JYD) // FPA

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