Covid-19: Caracas militarizada e circulação suspensa entre regiões na Venezuela

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 17 mar 2020 (Lusa) -- A cidade de Caracas amanheceu hoje fortemente militarizada e os venezuelanos estão impedidos de circular entre as regiões da Venezuela, naquele que é o segundo dia de quarenta social ordenada pelo Executivo para impedir a expansão do coronavírus.

A Venezuela tem 33 casos confirmados de Covid-19 no país e a suspensão da circulação foi confirmada pelo ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López, através da televisão estatal.

"Não haverá deslocamento de um estado para outro. Todos devem permanecer no seu lugar de residência. O apelo continua a se o mesmo, estar em casa, cuidar da saúde (...) toda a passagem entre estados será restringida a todas as pessoas", disse.

Da proibição estão excetuados os empregados e viaturas das atividades essenciais e de primeira necessidade, como alimentos, saúde, segurança e transporte.

Vários jornalistas têm-se queixado, através das redes sociais, de que foram impedidos de circular de e para zonas da Grande Caracas, lamentando que o Executivo não excetue a imprensa da proibição para garantir que a população esteja informada.

Nas principais avenidas de Caracas são visíveis pontos de controlo das autoridades, principalmente da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar) e da Polícia Nacional Bolivariana, que fazem também rondas periódicas em motocicleta.

No entanto, principalmente no centro da cidade, é visível também membros das Forças de Ações Especiais (FAES).

Com as ruas praticamente desertas, funcionários das forças de segurança estão a exigir o uso de máscaras aos passageiros para poderem apanhar os autocarros.

Alguns estabelecimentos comerciais, nomeadamente supermercados e farmácias, têm letreiros nas portas indicando que é proibido entrar sem máscaras.

O Presidente Nicolás Maduro ordenou, segunda-feira, que a partir de hoje todo o país esteja em "quarenta social coletiva" uma "medida drástica" que disse ser necessária para evitar a propagação do Covid-19.

"O vírus, importado, anda por aí tocando, infetando, adoecendo e multiplicando-se" justificou, precisando que na Venezuela há 18 mulheres e 15 homens infetados pela Covid-19.

Nicolás Maduro já tinha ordenado, no domingo, que a cidade de Caracas e outros seis dos 24 estados do país, ficasse em quarentena por tempo indeterminado.

A Venezuela está, desde sexta-feira, em "estado de alerta", que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.

Constitucionalmente, os estados de alerta têm uma duração de 30 dias, prorrogáveis por igual período.

Foram suspensos os voos provenientes da Europa, Colômbia, Panamá e da República Dominicana, estando também restringidas as entradas de pessoas provenientes do Irão, do Japão e da Coreia do Sul.

Além das escolas, também os clubes culturais e recreativos de portugueses em Caracas estão fechados, sendo obrigatório usar máscaras de proteção no metropolitano e no sistema ferroviário.

O acesso às praias e parques está também interditado.

As autoridades estão a insistir no apelo às pessoas para não saírem de casa, principalmente as que tenham mais de 65 anos de idade.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

FPG // FPA

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