PSD/Congresso:Rio apresenta listas de continuidade com alguma renovação - José Silvano

| Política
Porto Canal com Lusa

Viana do Castelo, 08 fev 2020 (Lusa) - O presidente do PSD afirmou hoje que não veta "à partida" o nome de Mário Centeno caso o ministro das Finanças seja apontado para governador do Banco de Portugal, mas defendeu que a próxima administração "não pode ser monolítica".

Em entrevista à RTP, no decorrer do 38.º Congresso do PSD, que decorre em Viana do Castelo até domingo, Rui Rio foi questionado se aceitaria o nome de Mário Centeno para liderar o banco central.

"Não tenho que aceitar nem deixar de aceitar, o Governo, se quiser, ouve a oposição. Mais importante é a equipa como um todo e penso que é assim que o Governo está a pensar (...) Acho que essa administração do Banco de Portugal não pode ser monolítica, deve ser como neste momento, mais abrangente", afirmou.

Perante a insistência no nome de Mário Centeno, respondeu: "Não veto à partida, pode haver melhores candidatos, deixe que o Governo na devida altura faça o que entender".

Na entrevista à RTP, Rio foi também questionado sobre a ideia defendida pelo eurodeputado Paulo Rangel de um referendo sobre a eutanásia, com o presidente do PSD a manifestar-se pessoalmente contra, mas sem excluir totalmente essa hipótese.

"Neste momento está agendado [o debate para 20 de fevereiro], não há nada a fazer, não haverá referendo na próxima semana", disse, reiterando que haverá liberdade de voto na bancada do PSD na votação das várias iniciativas sobre o tema.

Mesmo com mais tempo, Rio foi cauteloso: "Eu pessoalmente tendo a dizer que não, se o partido entender que esta matéria um dia deverá ser decidida por referendo, também não é antidemocrático", referiu.

SMA // JPS

Lusa/fim

Viana do Castelo, 08 fev 2020 (Lusa) - O secretário-geral do PSD, José Silvano, considerou hoje que as listas para os órgãos nacionais partidários propostas pelo líder social-democrata, Rui Rio, revelam continuidade com alguma renovação e uma estratégia muito virada para as eleições autárquicas.

José Silvano falava aos jornalistas no final da tarde do segundo dos três dias do 38º Congresso Nacional do PSD, em Viana do Castelo, depois de Rui Rio ter anunciado os membros da sua Comissão Política e os seus principais elementos para órgãos do partido como o Conselho Nacional, Conselho de Jurisdição Nacional e Mesa do Congresso.

"São listas de continuidade com alguma renovação, como tinha dito o presidente [Rui Rio]. Não enganou ninguém, disse isso com toda a clareza", frisou o secretário-geral social-democrata.

Em relação ao plano estratégico subjacente às listas apresentadas por Rui Rio, José Silvano defendeu a tese de que, "sendo o presidente do partido o mesmo, é normal que o princípio geral da estratégia de Portugal ao centro e da social-democracia seja igualmente o mesmo".

"Ele não escondeu isso a ninguém, nem na campanha interna, nem agora. Mas a estratégia tem de ser apropriada aos desafios dos próximos dois anos em que teremos eleições autárquicas. É o único desafio que ele [Rui Rio] tem nos próximos dois anos", salientou.

Ainda no que se refere às eleições autárquicas de 2021, o secretário-geral do PSD adiantou que haverá uma equipa de "coordenação da estratégia autárquica" - um elenco que "será definido e nomeado numa das próximas reuniões" da Comissão Política Nacional do partido.

Interrogado sobre as saídas do presidente da Câmara de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro, e da antiga bastonária da Ordem dos Advogados Elina Fraga da nova equipa da Comissão Política Nacional proposta pelo líder do PSD, José Silvano começou por referir-se ao caso açoriano.

"José Manuel Bolieiro saiu de vice-presidente do partido porque, sendo agora presidente da Comissão Política Regional dos Açores - coisa que não era há dois anos -, tem inerência na Comissão Política Nacional. E está agora na Mesa do Congresso como vice-presidente", disse o secretário-geral do PSD.

Na direção do partido, o representante dos Açores será Luís Maurício, que é o presidente do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa Regional.

"Num ano de eleições, faremos assim uma aposta redobrada na visibilidade nacional dos Açores, tendo José Manuel Bolieiro (com inerência) e Luís Maurício na Comissão Política Nacional do PSD", completou José Silvano.

Já no que respeita à saída da direção da antiga bastonária da Ordem dos Advogados, José Silvano alegou que Elina Fraga "mostrou disponibilidade para sair, embora tenha salientado a sua disponibilidade para continuar a ajudar o PSD".

Elina Fraga "resolveu apostar ainda mais no seu percurso profissional e, portanto, não esteve disponível para continuar na Comissão Política Nacional", justificou.

Questionado sobre o número de mulheres presentes nas listas propostas pelo presidente do PSD, o secretário-geral social-democrata considerou que a representatividade está "respeitada [na Comissão Permanente] com dois elementos".

"As três mulheres que existiam na anterior direção saíram e deram lugar a três novas mulheres, que são a Fátima Ramos (antiga presidente da Câmara de Miranda do Corvo e ex-deputada), Paula Calado (candidata à Câmara de Elvas) e Paula Cardoso (ex-deputada de Águeda) que é uma gestora empresarial de sucesso", disse.

Já no que concerne ao Conselho Nacional do PSD, num total de 70 efetivos e 15 suplentes, "há 22 mulheres", acrescentou o secretário-geral social-democrata.

PMF // JPS

Lusa/fim

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