Matos Fernandes nega benefícios à ex-mulher e fala em percursos profissionais “normais”

| Política
Porto Canal com Lusa

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, negou esta sexta-feira qualquer benefício à ex-mulher, Ana Isabel Marrana, falando em "percursos profissionais que aconteceram e foram normais".

Atualizado 06-04-2019 12:39

"Há quatro anos atrás a Ana Isabel [Marrana] foi chefe de gabinete de uma pessoa com quem trabalhou durante dez anos antes disso e foi para o Ministério do Ambiente sem ter sido nomeada por mim. Depois disso voltou para a sua vida profissional normal e, ao abrigo da disposição que todo e qualquer funcionário público pode recorrer, pediu para sair da CCDR-N para ir para a APA", disse Matos Fernandes.

Já confrontado com a pergunta sobre se existiram favorecimentos ou benefícios ligados a esta relação familiar, o ministro do Ambiente respondeu de imediato que Ana Isabel Marrana "não foi nomeada", mas sim "requisitada" e que a ex-mulher "trabalha há mais de 30 sempre na área do ambiente".

Em causa está a polémica em volta do facto de Ana Isabel Marrana, ex-mulher de João Pedro Matos Fernandes, ter sido adjunta do Ministério do Ambiente quando ambos eram casados.

Depois da separação de ambos, Ana Isabel Marrana deixou o cargo e foi para a APA - ARH Norte, organismo que depende do gabinete do agora ex-marido.

Matos Fernandes foi também questionado sobre a sua relação com a vice-presidente da Águas do Norte, Fernanda Lacerda, tendo recusado responder à questão: "Não vou confirmar ou comentar nada sobre a minha vida pessoal", disse.

O ministro do Ambiente, que falava em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, à margem do lançamento de concurso para a expansão da rede de metro, disse ainda que ainda não existe sucessor para o secretário de Estado do Ambiente que se demitiu recentemente também na sequência de polémicas em volta da sua relação familiar a membros do Governo.

"Ainda não está decidido. Para a semana haverá novidades. Para já o senhor secretário de Estado mantém-se em funções até à tomada de um sucessor", disse Matos Fernandes.

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