Secretário de Estado do Ambiente demite-se

| Política
Porto Canal com Lusa

O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, pediu hoje a demissão, que foi aceite pelo primeiro-ministro, anunciou o Governo.

Atualizado 05-04-2019 12:51

Carlos Martins sai do Governo depois de ter sido noticiado, na quarta-feira, que nomeou o primo Armindo Alves para adjunto do gabinete.

Armindo Alves já se tinha demitido na quarta-feira.

De acordo com uma nota do gabinete do ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, o pedido de demissão foi feito a partir da Costa Rica, onde o secretário de Estado se encontrava "em representação do Governo português".

Na missiva, Carlos Martins justifica o pedido de demissão com o facto de esta polémica poder prejudicar o executivo e o PS.

"Entendo que o assunto pode prejudicar o Governo, o Partido Socialista e o senhor Primeiro-Ministro. Com a mesma honra que determinou a minha aceitação de funções governativas, entendo, nesta hora, pedir a minha demissão ao senhor Primeiro-Ministro e ao senhor ministro”, sublinha.

"Ao longo destes anos, enquanto Secretário de Estado do Ambiente, agi sempre por critérios de boa-fé e procurei dar o meu melhor para atingir os objetivos do Governo e do Ministério do Ambiente e da Transição Energética", escreve ainda Carlos Martins na carta de demissão.

A demissão surge após a polémica nomeação do seu primo para as funções de adjunto do gabinete, tornada pública na quarta-feira pelo jornal Observador.

Após a polémica, fonte governamental disse à Lusa que o ministro do Ambiente só tomou conhecimento na terça-feira da relação familiar entre Carlos Martins e Armindo Alves.

Armindo Alves pediu a exoneração de funções logo que se soube da notícia, acrescentou a fonte do executivo.

Estas saídas do Governo aconteceram numa altura em que a oposição questiona as relações familiares entre membros do executivo.

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