Comissão de Trabalhadores dos ENVC recomposta após duas demissões

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Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 13 fev (Lusa) - A Comissão de Trabalhadores (CT) dos Estaleiros de Viana foi hoje recomposta com a substituição dos dois elementos que se se demitiram discordando da forma como aquele órgão tem lidado com o encerramento da empresa desde a intervenção sindical.

Os dirigentes da CT dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) informam, em comunicado, que os dois novos elementos tomaram posse hoje, pelo que aquele órgão, de sete membros efetivos, "volta a ficar completo".

"É, ainda, pertinente referir, que este é mais um sinal de que a luta não acabou, nem irá acabar, reforçada com o facto de, neste preciso momento, estarem dois navios a descarregar aço e perfis na nossa empresa", refere o mesmo comunicado, aludindo à aquisição de material para manter válida a encomenda da Venezuela aos ENVC, de dois navios asfalteiros.

Na origem do diferendo está o plenário realizado a 27 de janeiro, nos estaleiros, no qual os trabalhadores aprovaram uma moção autorizando o movimento sindical a encetar contactos com a administração do novo subconcessionário e com o Ministério da Defesa.

Os encontros foram conduzidos pelos dirigentes da União de Sindicatos de Viana do Castelo (USVC) e do Sindicato dos Metalúrgicos, afetos à CGTP-IN, para tentar "minimizar" o impacto social do fecho dos ENVC.

"Nós, trabalhadores, ficámos completamente estupefactos com a atitude dos dirigentes sindicais nas reuniões que eles tiveram com o ministro da Defesa", afirmou a 06 de fevereiro o coordenador da CT.

Segundo António Costa, os representantes sindicais foram "legitimados" para "simples reuniões de abordagem" e "não negociações como as que se vieram a concretizar", posição que não seria partilhada pelos dois elementos da CT que se demitiram entretanto.

Já Branco Viana, coordenador da USVC e que liderou estes contactos, inclusive com o subconcessionário (Martifer), recordou à Lusa que a intervenção sindical resultou de uma moção aprovada em plenário de trabalhadores com "toda a transparência".

"Fomos mandatados pelos trabalhadores para o fazer e esta posição só demonstra que o senhor António Costa não aceita a democracia dentro da empresa", acusou Branco Viana.

Entretanto, o plano social lançado pela administração dos estaleiros, no âmbito do encerramento da empresa e do despedimento dos 609 trabalhadores, foi revisto e prolongado até 21 de fevereiro, incorporando sugestões apresentadas pelos representantes sindicais.

A administração da Martifer comprometeu-se também, nestes contactos, a recrutar 400 trabalhadores, prioritariamente, entre os funcionários dos ENVC, que serão encerrados.

PYJ // MSP

Lusa/fim

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