Viana do Castelo, 23 jan (Lusa) - A nova liderança do Eixo Atlântico vai ser escolhida na próxima assembleia-geral daquela entidade, que decorrerá a 12 de fevereiro em Braga, e será assumida por um autarca da Galiza, Espanha.

A informação foi confirmada hoje à Lusa por fonte do Eixo Atlântico, entidade transfronteiriça que defende o interesse das 34 maiores cidades do norte de Portugal e da Galiza.

A presidência do Eixo Atlântico foi assumida a 10 de fevereiro de 2012 pelo atual presidente da Câmara de Viana do Castelo, José Maria Costa, que na altura sucedeu nas funções ao alcaide galego de Vigo, Abel Caballero. Na vice-presidência do Eixo Atlântico esteve, até agora, o alcaide de Monforte de Lemos, Severino Rodriguez.

Tratou-se da primeira vez que cidades de média dimensão dos dois territórios lideraram o Eixo Atlântico, precisamente no ano (2012) em que aquela instituição comemorava os 20 anos de existência.

Face à rotatividade entre as duas regiões, o próximo presidente deverá ser um autarca da Galiza, que assumirá funções até 2016, recordou à Lusa fonte daquela entidade.

"Contrariar" as "ameaças à coesão do território" foi um dos objetivos definido para o mandato que agora termina, marcado pela concretização da reclamada interoperabilidade entre equipamentos eletrónica de cobrança de portagens, portugueses e espanhóis de cobrança.

Já em julho de 2013 o Eixo Atlântico viu concretizadas melhorias na qualidade e tempo da ligação ferroviária entre Porto e Vigo - cujo fim do serviço tinha sido anunciado dois anos -, além do compromisso do atual Governo de avançar com a modernização e eletrificação da Linha do Minho até 2016, outra das revindicações.

A Associação de Municípios do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular foi formalmente criada em Viana do Castelo em 1992 e já teve na sua liderança as maiores cidades da região, como Porto, Braga, Corunha ou Vigo.

Com uma linha de fronteira entre Norte de Portugal e Galiza de 100 quilómetros, a instituição liderou nos últimos anos mais de uma dezena de projetos de investimento nos dois territórios, com comparticipação de fundos comunitários, nas áreas do Desenvolvimento Sustentável, Tecnológico e Inclusivo.

PYJ // JGJ

Lusa/fim