Passos Coelho "bastante surpreendido" com reacção de Marcelo Rebelo de Sousa

Passos Coelho "bastante surpreendido" com reacção de Marcelo Rebelo de Sousa
| Política
Porto Canal / Agências

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, mostrou-se hoje "bastante surpreendido" com a reação de Marcelo Rebelo de Sousa ao que diz ser o "perfil genérico" de candidato à Presidência da República traçado na sua moção de estratégia global.

O antigo líder social-democrata afastou domingo uma candidatura às presidenciais de 2016 por considerar que Pedro Passos Coelho quis excluí-lo de candidato na sua moção de estratégia global.

"Estou bastante surpreendido com essa reação que foi expressa pelo professor Marcelo Rebelo de Sousa. E estou sinceramente", garantiu Passos Coelho aos jornalistas em Tondela, no final da inauguração de um novo complexo logístico da Fresenius Kabi.

Passos Coelho frisou que a moção não define o candidato que o PSD vai apoiar, porque, no seu entender, "uma candidatura à Presidência da República deve partir da vontade do próprio candidato, não deve resultar de uma decisão partidária".

"Não creio que seja necessário a esta distância dizer mais do que isto. A moção tinha, evidentemente, de traçar um perfil genérico, porque este é o último congresso que nós teremos antes das eleições presidenciais", justificou.

Neste âmbito, segundo o líder do PSD, "essa matéria tinha de ser abordada, mas qualquer decisão só pode ocorrer bastante mais tarde".

"Não quero antecipar para janeiro de 2014 a discussão sobre quem é o candidato, quando ainda não há sequer candidatos", realçou.

De acordo com Passos Coelho, foi traçado um perfil de candidatura para a Presidência da República "muito em torno daquilo que tem sido o entendimento demonstrado pelo atual chefe de Estado no exercício das suas funções".

"Mesmo não sendo o protótipo típico daquilo que tem de ser o Presidente da República, é o referencial que mais se aproxima do entendimento que nós temos do que deve ser um Presidente da República", considerou.

Na sua opinião, isso "não ofende ninguém, nem exclui ninguém".

"Mostra apenas qual é o entendimento que nós temos do exercício daquela função. Eu não vou discutir as candidaturas presidenciais nesta altura e muito menos sem ter sequer havido manifestação de interesse de nenhum potencial candidato", acrescentou.

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