"Os Verdes" pedem "luz e água" para Portugal e PM recusa "confisco aos mais ricos"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 dez (Lusa) - A deputada do Partido Ecologista "Os Verdes" Heloísa Apolónia pediu hoje ao primeiro-ministro para acordar e começar também a dar "água" à economia em vez de apenas "luz", comparando o país a uma planta de interior.

A parlamentar ecologista fez equivaler os "fatores externos" aos efeitos do Sol e os "fatores internos" ao precioso líquido, exigindo a Passos Coelho a reposição dos "salários cortados" e a diminuição de impostos, considerando os "sinais positivos de que o Governo fala".

"Os ricos em Portugal pagam proporcionalmente muito mais do que todos os outros. Os impostos são progressivos e mais pesados sobre estes. Não posso é fazer confisco, ir àquelas pessoas e tirar-lhes recursos. O que sugere é uma carga superior a 50 por cento?", questionou o líder do executivo, após ser confrontado com o empobrecimento crescente dos portugueses.

Heloísa Apolónia chamou a atenção para o facto de milhares de portugueses que trabalham estarem a empobrecer, "a perder-se na sua vida, à conta de muitas políticas colaterais que o Governo vai promovendo".

"É uma bola de neve que continua a crescer e o primeiro-ministro continua a falar dos mercados e por aí fora. O fosso entre os ricos e os pobres está a aumentar. Quem está a pagar a crise são aqueles que menos hipóteses têm para o fazer", disse.

Passos Coelho reconheceu "o empobrecimento do país", que "está espelhado na contração do PIB e na recessão", mas rejeitou outra imagem atribuída pela deputada de "Os Verdes".

"O primeiro-ministro não pode estar consciente de outra coisa. Estamos a viver uma recessão e uma crise económica. A imagem da bola de neve é que não é verdadeira. A nossa economia está a recuperar desde o segundo trimestre deste ano. O desemprego tem vindo a baixar desde março, pouco, mas baixa. Em cadeia, o emprego cresceu em Portugal. A verdade é que cresceu", afirmou o líder do executivo.

A parlamentar do PEV contrariou então que, tomando a economia portuguesa por uma "bonita planta de interior", a mesma não pode "depender unicamente e exclusivamente do fator externo.

"O Governo só presta atenção à luz (fator externo) e não está a dar água. Assim, a planta definha. Temos de criar condições para uma economia sustentável. Se não, andamos ao sabor dos mercados e das economias externas. É de pobreza que lhe estou a falar, acorde de uma vez por todas!", concluiu.

HPG // SMA

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