Presidente sul-africano, Jacob Zuma, vaiado na cerimónia fúnebre de Mandela
Porto Canal / Agências
Joanesburgo, 10 dez (Lusa) -- O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, foi hoje vaiado quando entrou no estádio FNB de Joanesburgo, onde decorrem as cerimónias fúnebres do falecido antigo chefe de Estado Nelson Mandela.
Enquanto alguns setores do estádio aplaudiam o chefe de Estado sul-africano e líder do partido ANC, uma grande vaia vinda das bancadas onde se encontram populares ativistas contra o poder surpreendeu os presentes no estádio.
Jacob Zuma voltou a ser vaiado mais tarde, quando o mestre-de-cerimónias o apresentou e o seu retrato surgiu nos écrans gigantes do estádio.
Os presentes dedicaram uma prolongada salva de palmas a Winnie Mandela, ex-mulher do histórico líder sul-africano, mas não dispensaram o mesmo tratamento à viúva, Graça Machel, saudada moderadamente.
Frederik de Klerk, o Presidente sul-africano que terminou o regime de "apartheid", a política de segregação racial da África do Sul, não suscitou qualquer reação por parte dos presentes quando foi apresentado ao público e o seu retrato exibido.
Dezenas de milhares de vozes juntaram-se para cantar de forma emocionada o hino nacional da África do Sul, no início das cerimónias, juntando cidadãos e chefes de Estado, membros da realeza e líderes religiosos.
Milhares de pessoas estão hoje no estádio FNB, em ambiente de celebração, com grupos de jovens a cantar e a dançar, outros a tocar vuvuzelas, para festejar o homem que libertou a África do Sul do regime de "apartheid".
Na cerimónia estão presentes muitos líderes mundiais, como o secretário-geral da ONU, Ban ki-Moon, e os presidentes norte-americano, brasileira e português, entre mais de 50 chefes de Estado e de Governo que se encontram em Joanesburgo.
A África do Sul pretende oferecer ao seu símbolo máximo, falecido na noite da passada quinta-feira, aos 95 anos, funerais à medida da sua estatura.
Além do estádio Cidade do Futebol, três outros estádios de Joanesburgo vão ser abertos à população para a transmissão da cerimónia num ecrã gigante, estando ainda previstos 150 locais de transmissão dispersos por todo o território do imenso país da África austral.
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