Governo falou de consenso mas só negociou consigo próprio - PS

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 26 nov (Lusa) - O Partido Socialista (PS) acusa o Governo de não baixar o IVA na restauração por falta de vontade e de não se importar de destruir o setor, e diz que o Executivo falou de consenso mas só negociou consigo próprio.

"Este Governo não baixa o IVA na restauração porque não quer, porque não se importa de destruir um setor como não se importa de destruir o país. São escolhas, senhores membros do Governo", afirmou o deputado socialista João Galamba, ainda durante o período de debate das propostas avocadas da especialidade para nova votação.

O PS, tal como os outros partidos da oposição, voltou a pedir uma nova votação da proposta que reduz o IVA na restauração dos atuais 23% para os 13% praticados em 2011 quando o partido ainda fazia parte do Executivo, deixou fortes críticas à proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2014, que será hoje aprovado em votação final global, e à postura negocial do Governo e da maioria durante o processo.

"O PS sempre disse que este orçamento era um orçamento irreformável, mas ainda assim é possível transformar o péssimo em algo menos péssimo. Neste caso, o PS apresentou um conjunto de propostas, todas devidamente fundamentadas e que poderiam melhorar um bocadinho este orçamento. Todas as propostas são financiadas, e não são como alguns responsáveis do PSD disseram, demagógicas ou populistas. O PSD e o CDS com tanta conversa sobre consenso e disponibilidade para negociar, sabemos agora ao fim destes dias que negociaram sobretudo consigo próprios. Apresentaram mais de 100 propostas de alteração, e aprovaram-nas todas, as da maioria. Da oposição pouco ou nada aprovarão, do PS aprovaram três, duas das quais iguais às da maioria", afirmou o deputado.

O PS diz ainda que o Governo não respondeu sobre o impacto das medidas no rendimento disponível das famílias, entre elas as alterações ao nível do IMI (imposto sobre imóveis)que queria também alterações, e às quais a maioria não deu também seguimento, e diz que as medidas vão provocar a falência de muitas famílias durante o próximo ano.

"É muito possível que no dia 01 de janeiro, com a entrada em vigor deste orçamento, que haja um número significativo de famílias que entre em insolvência imediata decorrente das medidas deste Governo", afirmou João Galamba.

NM// ATR

Lusa/fim

+ notícias: Política

Montenegro tem "comportamentos rurais" e Costa é "lento por ser oriental", aponta Marcelo 

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tem "comportamentos rurais" e que o seu antecessor, António Costa, é "lento por ser oriental". As declarações foram proferidas, na noite desta terça-feira, durante um jantar com jornalistas estrangeiros. 

Marcelo defende que não fez apreciações ofensivas e que Montenegro "vai surpreender"

O Presidente da República confirmou esta quarta-feira as afirmações que lhe foram atribuídas num jantar com jornalistas estrangeiros na terça-feira, considerou que não fez apreciações ofensivas e que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "vai surpreender".

Chega, BE e PCP contra direção executiva do SNS. PS e Livre querem explicações

Chega, BE e PCP manifestaram-se esta quarta-feira contra a existência da direção executiva do SNS, com a IL a defender que não deve ser extinta, enquanto PS e Livre pediram mais explicações ao Governo.