Resultados económicos aquém do que o Governo prometeu - PSD

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 08 mar (Lusa) - O líder do PSD, Passos Coelho, afirmou hoje que os resultados económicos do último ano "ficaram aquém" do que o Governo se propôs a alcançar e questionou o primeiro-ministro sobre a solução para o crédito malparado.

"Não partilhamos a satisfação que o Governo exibe quando os resultados observados ficam aquém do que o Governo se comprometeu", declarou Pedro Passos Coelho, no debate quinzenal no parlamento.

Na abertura do debate, o primeiro-ministro, António Costa, tinha defendido que os resultados económicos do último ano mostram que "os bons indicadores sobre Portugal confirmam-se" e que "ninguém pode deixar de reconhecer os progressos obtidos pelo nosso país ao longo do último ano".

Passos Coelho contrapôs que o crescimento desacelerou em relação ao ano anterior e que o investimento contraiu em 2016, crescendo menos no último trimestre em termos homólogos.

Quanto à baixa da taxa de desemprego para 10,2% em dezembro de 2016, Passos Coelho considerou que resulta de "um eco" de políticas anteriores e não de medidas do atual governo que, considerou, "não está a fazer o que devia" para pôr o país a crescer "mais intensamente".

António Costa respondeu que a "frustração" do líder do PSD é a "demonstração aritmética do erro da sua estratégia política em 2016".

"Limitaram-se a dizer que o país só iria colher tempestades, que íamos ter as sete pragas do inferno e até o diabo íamos trazer. E nenhuma dessas tragédias aconteceu e estamos em março e o diabo continua sem dar vistas em Portugal", disse.

No debate, Pedro Passos Coelho questionou também o primeiro-ministro sobre a solução prometida pelo executivo para resolver o problema do "crédito malparado", com António Costa a responder que o Governo "continua a trabalhar com o Banco de Portugal para encontrar uma resposta a uma situação que de facto asfixia o sistema financeiro".

"Temos um calendário de reuniões com a DGCOM [Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia], com o Banco Central Europeu e temos a expectativa de concluir um acordo com as instituições europeias", afirmou António Costa.

Pedro Passos Coelho insistiu se o primeiro-ministro "tem mais alguma coisa além do calendário", já que "anda a falar de uma solução há um ano".

"Temos a vontade de resolver um problema que o senhor não resolveu", respondeu Costa, com Passos Coelho a responder que "fica demonstrado que o primeiro-ministro faz insinuações mas gosta muito pouco de discutir" as matérias em concreto no parlamento.

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