Descida do desemprego é "positiva" mas ainda "é muito cedo para cantar vitória" --Pires de Lima
Porto Canal / Agências
Lisboa, 07 nov (Lusa) - O Ministro da Economia, Pires de Lima, considerou hoje que a redução da taxa desemprego em Portugal é "uma notícia muito positiva", mas avisou que "é muito cedo para cantar vitória".
"É uma notícia positiva que deve deixar não só o Governo, mas os partidos da oposição muito satisfeitos", afirmou o Pires de Lima, num comentário aos dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) que apontam para um recuo da taxa de desemprego em Portugal no terceiro trimestre do ano.
Segundo o INE, no terceiro trimestre deste ano a taxa de desemprego em Portugal foi de 15,6%, 0,8 pontos percentuais abaixo da registada no trimestre anterior e menos 0,2 pontos do que no mesmo período de 2012.
Pires de Lima lembrou que em março deste ano a taxa de desemprego estava próxima de 18% e rejeitou desvalorizar os números hoje conhecidos.
"Os dados apontam para 15,6%, uma redução expressiva nos últimos seis meses. Não alinho com o discurso que desvaloriza estes dados do desemprego. São as empresas que estão a criar emprego e só nos últimos seis meses as empresas em Portugal criaram 120 mil postos de trabalho", reforçou o governante.
No entender do Ministro da Economia, "desvalorizar [estes números] seria desvalorizar o trabalho das empresas que operam em Portugal e isso este Governo não faz".
Considerou, no entanto, que "é muito cedo para cantar vitória, pois é um nível alto, apesar de ter descido".
"É óbvio que há uma influência sazonal em áreas associadas ao turismo, mas é muito relevante que, pela primeira vez em cinco anos, ao nível do trimestre, Portugal tenha uma taxa de desemprego inferior à registada no trimestre homólogo do ano passado", frisou Pires de Lima.
Entre julho e setembro, a população desempregada foi de 838,6 mil pessoas, o que representa uma diminuição homóloga de 3,7% e uma diminuição trimestral de 5,3% (menos 32,3 mil e menos 47,4 mil pessoas, respetivamente).
Quanto à população empregada, segundo o INE, foi de 4,55 milhões de pessoas, o que traduz uma diminuição homóloga de 2,2% e um aumento trimestral de 1,1% (menos 102,7 mil e mais 48 mil pessoas, respetivamente).
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