Muxúnguè, Moçambique, 04 nov (Lusa) - O trânsito está interrompido na principal estrada de Moçambique, o que forçou viaturas e passageiros a regressar à Muxúnguè, depois de ameaças de ataques na região de Muda-serração, distrito de Gondola, no centro do país, disseram à Lusa testemunhas.

"Fomos largados pela escolta militar em Muxúnguè e seguimos no sentido Inchope e depois de percorrer 130 quilómetros fomos forçados a regressar porque há ataques na região de Muda-serração", disse à Lusa um automobilista.

"Fomos alertados (por populares) para regressar porque há um forte tiroteio na zona da Muda-serração. Conseguimos passar o troço Save-Muxúnguè, mas não pudemos seguir viagem para Inchope, porque há ataques lá em frente. Teremos que aguardar alguma ordem para sair desta 'ilha'", disse à Lusa outro utilizador da principal estrada do país.

Hoje, homens armados feriram cinco pessoas, duas das quais com gravidade, em dois ataques contra escoltas militares de viaturas na região de Muxúnguè, Sofala, centro de Moçambique, após uma trégua de um dia.

No domingo, os homens armados alargaram o raio de ação, tendo metralhado uma viatura de carga na ponte sobre o Púnguè, na zona limítrofe entre os distritos de Gorongosa (Sofala) e Gondola (Manica). Também atacaram uma viatura de carga na estrada que liga Maringué à estrada nacional um (N1), até agora a mais atingida pelos confrontos.

O exército moçambicano atacou e ocupou a 21 de outubro a sede da Renamo na província de Sofala, onde se encontrava o líder do partido, Afonso Dhlakama, que se encontra desde então em parte incerta.

Elementos armados, alegadamente da Renamo, têm também lançado ataques, sobretudo contra camiões, no centro do país, região onde o exército tem tomado sedes daquele partido da oposição.

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