Renamo diz que não há condições para encontro entre Afonso Dhlakama e Armando Guebuza

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Porto Canal / Agências

Maputo, 05 nov (Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, rejeitou hoje o convite da Presidência moçambicana para um encontro entre o líder do movimento, Afonso Dhlakama, e o chefe de Estado, Armando Guebuza, considerando não haver condições para a reunião.

Em comunicado de imprensa, Edson Macuácuá, porta-voz do Presidente moçambicano, afirmou hoje que Armando Guebuza está disposto a encontrar-se com o líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) Afonso Dhlakama, para discutirem a tensão política e militar no país, a pior desde a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP), em 1992.

"O Presidente Armando Guebuza, no âmbito dos esforços contínuos empreendidos pelo Governo visando a preservação da paz, convidou o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, a deslocar-se no próximo dia 08 de novembro a Maputo, para um encontro que servirá para a auscultação das preocupações que apoquentam a Renamo", refere o comunicado distribuído à imprensa por Edson Macuácua, porta-voz do Presidente moçambicano.

Em conferência de imprensa para reagir ao anúncio da Presidência moçambicana, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, afirmou que não há condições para a reunião, "enquanto não cessarem os ataques e perseguição que o exército está a mover à figura do Presidente Dhlakama e dos seguranças da Renamo".

"Se, na verdade, há interesse do Presidente da República para se encontrar com o presidente Afonso Dhlakama, deve ordenar imediatamente a cessação dos ataques e perseguição que o exército está a mover à figura do Presidente Dhlakama e dos seguranças da Renamo", afirmou Fernando Mazanga.

Qualificando o convite da Presidência moçambicana como "um doce envenenado e cinismo", o porta-voz da Renamo reiterou que o partido não conhece o paradeiro do seu líder, depois de ter sido desalojado pelo exército do acampamento em que vivia há mais de ano, no centro do país.

"Ficamos deveras surpreendidos com este convite que nos soa a cinismo, porque não queremos acreditar que o Presidente da República não saiba em que condições se encontra o Presidente Afonso Dhlakama, depois do ataque e ocupação da sua residência em Sadjundjira", sublinhou Fernando Mazanga.

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