Crise do têxtil acelera desemprego feminino no Vale do Sousa - sindicatos

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Porto Canal / Agências

Redação, 25 out (Lusa) - O desemprego no Tâmega e Sousa, nos últimos meses, afetou "muito mais mulheres do que homens", situação que a União de Sindicatos do Porto atribui às dificuldades do têxtil que penalizam sobretudo a mão-de-obra feminina.

"Temos na região muitas empresas com dificuldades e algumas têm fechado e acabado com postos de trabalho", afirmou hoje à Lusa o sindicalista Carlos Pereira.

Segundo números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), de maio a setembro de 2013, o desemprego feminino nos concelhos com mais predominância de indústria têxtil e vestuário (Lousada, Penafiel, Paços de Ferreira, Marco de Canaveses e Felgueiras) aumentou cerca de 11,5%. Naquele período, cerca de 1.265 mulheres perderam os seus empregos.

Para o sindicato, estes números "expressam bem" as dificuldades do setor têxtil, sobretudo o subsetor do vestuário e confeções, o principal empregador da mão-de-obra feminina na região, para além do calçado.

Em Lousada, o desemprego feminino aumentou 16,8% em quatro meses, em Penafiel 11,8% e em Paços de Ferreira 13,3%.

Nos mesmos concelhos, o crescimento do desemprego masculino é quase residual, havendo até municípios onde diminuiu, como Marco de Canaveses e Felgueiras.

Além do encerramento de empresas, algumas de média e grande dimensão, e a extinção de centenas de postos de trabalho, há outra situação que preocupa o sindicato, nomeadamente os atrasos que no pagamento de subsídios de natal e de férias.

"Há empresas com três ou quatro subsídios em atraso", adiantou Carlos Pereira, frisando que aquela situação tem-se "agravado muito".

A região só não é mais grave no conjunto do território porque, disse, o setor do calçado atravessa um bom momento, o que se traduz na empregabilidade. Também o subsetor das malhas tem-se estado estável, acrescentou.

APM // JGJ

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