FMI nega querer imposto destinado aos mais ricos
Porto Canal / Agências
Washington, 24 out (Lusa) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) desmentiu hoje que defenda a criação de um imposto destinado aos mais ricos como forma de reduzir os défices públicos, como sugeria um relatório recente da instituição.
"Não recomendamos a criação de um imposto sobre a riqueza", declarou um porta-voz do FMI, William Murray, numa conferência de imprensa em Washington.
Num relatório publicado no início de outubro, o FMI referia que um imposto sobre a riqueza teria "fortes hipóteses" de sucesso, precisando que uma cobrança de 10% nos 15 países da zona euro permitiria a estes países repor os défices aos níveis de antes da crise.
A proposta suscitou polémica e hoje o porta-voz referiu que esta era apenas uma "sugestão" de peritos do Fundo e não uma recomendação política da instituição.
"É apenas um trabalho de análise (...) que significa 'se fizerem isto, vão conseguir aquilo', mas não é uma medida que o Fundo recomende formalmente", disse Murray.
No relatório, divulgado por ocasião da sua assembleia geral, o FMI indicou que parece existir "margem suficiente" em economias avançadas para aumentar os impostos sobre as grandes fortunas com o objetivo de "reforçar a legitimidade" dos planos de austeridade orçamental.
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