Presidente da República considera que não faz sentido discutir medidas adicionais agora

| Política
Porto Canal com Lusa

Vila Nova de Foz Côa, Guarda, 06 jul (Lusa) - O Presidente da República afirmou hoje estar sereno com a questão das eventuais sanções a Portugal, referindo que se deve esperar pela decisão do Ecofin, e que, neste momento, não faz "muito sentido" debater as medidas adicionais.

"Não sou otimista, eu sempre fui realista e estou sereno, exatamente como o Governo, estou sereno. Não há novidade, está exatamente aquilo que se esperava", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas a bordo de um barco no rio Douro, junto ao Pocinho [Guarda] na iniciativa de encerramento do "Portugal Próximo".

O chefe de Estado explicou que a Comissão Europeia deverá divulgar na quinta-feira a sua posição quanto às sanções a Portugal, num mini relatório resultante da reunião de terça-feira desta semana.

Marcelo Rebelo de Sousa frisou contudo que a "palavra política decisiva" caberá depois aos representes dos Estados-membros.

O chefe de Estado lembrou que o conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) está "em teoria" previsto para o dia 12 de julho e pode "apreciar ou não politicamente" esta questão.

O Presidente da República considerou ainda que, em Espanha, "não há metade da especulação que há em Portugal" sobre esta questão, "talvez porque Espanha esteja a formar Governo e em Portugal haja Governo e portanto Governo e oposição façam disto uma questão de luta política".

Quanto à eventual necessidade de medidas adicionais considerou que é "uma questão que, neste momento, ainda não faz muito sentido, estar a ser debatida".

"Estamos à espera de ver qual é a avaliação técnica e depois a reação política, se há ou não há sanções e quando são e como são. Só depois disso é que se poderia discutir medidas adicionais e, depois disso, é uma altura em que o Orçamento [do Estado] para 2017 já está praticamente pronto", frisou.

Acrescentou que o Orçamento do Estado tem que entrar em outubro na Assembleia da República, estar pronto em setembro e ser objeto de conversas com a Comissão Europeia antes disso.

Portanto, concluiu que "enquanto se fala ou não fala do processo do ano anterior, está a ser executado 2016 e está a ser preparado 2017".

"Mas está bem, até lá pode-se discutir as medidas adicionais indefinidamente mas eu temo que se discuta em seco, pelo menos nas próximas semanas", sublinhou.

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