Porto, 21 jun (Lusa) -- O presidente do Eixo Atlântico, Ricardo Rio, disse hoje que o economista Fernando Freire de Sousa tem "o perfil ajustado" para assumir a presidência da CCDR-N, esperando que o seu percurso "seja mais pacífico" do que o do seu antecessor, Emídio Gomes.

"Faço votos para que sejam reunidas a condições para que este início de funções possa ser mais pacífico que o [mandato] do seu antecessor", afirmou Ricardo Rio, presidente do organismo que agrega 38 municípios portugueses e galegos.

Em declarações à Lusa, o presidente do Eixo Atlântico desejou "as maiores felicidades" ao novo presidente da CCDR-N, por quem disse ter "o maior apreço", desde os tempos em que foi seu "professor na faculdade" e sobre o qual disse ter um "perfil ajustado à função".

Quando aos fundos comunitários, Ricardo Rio pediu "clareza e transparência entre todos os intervenientes", para que os municípios vejam os seus "interesses salvaguardados".

A 02 de junho o Governo anunciou a exoneração dos presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte, Emídio Gomes, e do Algarve, David Santos.

Em comunicado, o gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas explicava que Emídio Gomes "é exonerado por incumprimento reiterado das orientações da tutela sobre matérias inerentes ao exercício das suas funções".

Emídio Gomes foi exonerado do cargo depois da polémica em torno dos Planos Estratégicos de Desenvolvimento Urbano (PEDU) que alguns municípios recusaram assinar.

Na passada semana o secretário-geral do Eixo Atlântico disse que Emídio Gomes foi "o pior presidente que passou" pela CCDR-N e defendeu ser necessária uma auditoria para averiguar eventuais irregularidades na atribuição de fundos comunitários

No mesmo dia, Ricardo Rio garantiu que a organização "demarca-se absolutamente" da opinião do secretário-geral da instituição.

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