Ministros timorenses do Partido Democrático ficam no Governo como independentes

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Porto Canal com Lusa

Díli, 28 abr (Lusa) - Os seis elementos do Partido Democrático (PD) que integram o executivo timorense deverão permanecer no Governo como independentes, depois do fim da coligação com o CNRT, tendo dois confirmado já essa intenção por carta.

Dionísio Babo, secretário-geral do maior partido timorense, o CNRT, disse hoje à Lusa ter recebido cartas a confirmar essa decisão enviadas pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações, Gastão de Sousa, e pelo vice-ministro da Agricultura e Pescas, Marcos da Cruz.

"Ainda só recebemos essas duas cartas a confirmar essa opção de continuar como independentes. Não posso falar do conteúdo das cartas até à reunião da Comissão Política Nacional (CPN) do nosso partido prevista para os próximos dias", disse Dionísio Babo, que é também ministro de Estado, Coordenador dos Assuntos da Administração do Estado e da Justiça e ministro da Administração Estatal.

Dionísio Babo enviou cartas aos seis membros do Governo que são militantes do PD a pedir-lhes para decidirem se pretendem ficar como independentes no Executivo ou demitir-se das funções depois de o CNRT ter dado por finda a coligação com o Partido Democrático.

Fonte do PD confirmou à Lusa que os seus militantes decidiram optar por continuar no Governo como independentes, desligando-se do partido, pelo que se antecipam respostas idênticas dos restantes membros do partido que integram o executivo: o ministro Coordenador dos Assuntos Sociais e ministro da Educação, António da Conceição, (que é membro do Conselho Político Nacional do PD), o ministro do Comércio, Industria e Ambiente, Constâncio Pinto, o vice-ministro do Comércio, Nuno Pereira, e o secretário de Estado da Administração Estatal, Samuel Mendonça.

"Informalmente também recebemos estas notícias, mas temos de esperar para receber as cartas com a decisão formal. Depois, como partido, faremos uma recomendação ao primeiro-ministro que, no caso de haver alguém que não quer continuar como independente, tomará as decisões que considerar, eventualmente nomeando um substituto", disse Babo.

A 14 de março, o Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT) decidiu afastar o PD do Bloco da Coligação que apoia o Governo até 2017 e onde fica a permanecer apenas a Frente Mudança.

"Os ministros estão no Governo por causa do bloco. E naturalmente que se o bloco acaba será pedido aos ministros que se definam, saber se querem declarar-se independentes, deixando de ser membros do partido, ou se continuam ligados ao partido", disse Babo, a 14 de março, em declarações à Lusa.

A opção de permanecer no Governo, disse, garante estabilidade governativa.

Questionado hoje sobre a situação de tensão que se vive no país, nomeadamente em torno à nomeação da nova liderança das forças de Defesa, Babo escusou-se a comentar o assunto, apelando apenas a uma solução.

"Só queremos que isto seja resolvido o mais rapidamente possível. O nosso povo já tem uma maior consciência do que antes de que estes assuntos são assuntos que pertencem ao Estado resolver e é isso que está a ser feito. Esperamos que a situação se mantenha estável e possamos ter uma boa saída para todos poderem estar satisfeitos e continuar o trabalho de consolidação do Estado", disse.

ASP // MP

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