Cruz Vermelha Internacional usada para esconder dinheiro em offshores

Porto Canal (LYF)
O escritório de advogados Mossack Fonseca (MF), que está envolvido no escândalo financeiro mundial dos offshores, está a receber mais uma acusação. Desta vez, a Mossack Fonseca, está a ser acusada de ter utilizado o nome da Cruz Vermelha Internacional (CVI) para esconder pelo menos 500 contas bancárias com depósitos duvidosos.
O jornal Le Monde, que faz parte do consórcio de jornalistas dos documentos do Panamá, acusam o escritório de advogados brasileiro de aproveitar a reputação da CVI para desviar as suspeitas das autoridades.
A Mossack Fonseca criou duas fundações, a Brotherhood Foundation e a Faith Foundation que eram oficialmente registadas, e depois colocou a CVI como beneficiária das mesmas fundações.
No entanto nem a própria CVI era conhecedora disso, sendo que uma das próprias funcionárias da MF afirmou em email ao Le Monde que “a legislação do Panamá permite que o nome de um beneficiário seja usado sem o seu consentimento”.
É possível que também o nome de alguns portugueses esteja ligado a este caso, em particular, da CVI, sendo que ainda não há nomes divulgados.