Economia mundial cresce 2,9% este ano e 3,6% em 2014

| Economia
Porto Canal

A economia mundial deverá crescer 2,9% este ano, acelerando para um crescimento de 3,6% em 2014, segundo as estimativas hoje divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que piorou as previsões face às de julho.

De acordo com o 'World Economic Outlook', divulgado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), as economias emergentes vão crescer consideravelmente mais do que as economias desenvolvidas, ainda que o Fundo considere que se mantêm os riscos descendentes às previsões hoje anunciadas.

O FMI estima que os países emergentes cresçam 4,5% em 2013 (menos 0,5% do que o estimado nas previsões divulgadas em julho) e que voltem a apresentar um crescimento de 5,1% em 2014 (-0,4% do que o anteriormente estimado).

No caso dos países desenvolvidos, as suas economias deverão aumentar 1,2% este ano e 2% em 2014, mantendo-se as estimativas apresentadas em julho.

Dentro das economias desenvolvidas, apenas a zona euro deverá apresentar uma contração em 2013, de 0,4%, esperando a instituição liderada por Christine Lagarde que a economia japonesa cresça 2% e que os Estados Unidos cresçam 1,6% este ano.

Já para 2014, as previsões apontam para um crescimento de 1% na zona euro, de 1,2% no Japão e de 2,6% nos Estados Unidos.

"O crescimento global ainda é fraco, as suas dinâmicas estão a mudar e os riscos às previsões continuam descendentes", alerta o relatório hoje conhecido, acrescentando que "os velhos problemas (...) continuam por resolver e podem desencadear novas crises".

Estes "velhos problemas" a que o Fundo se refere são a fragmentação do sistema financeiro na zona euro e os elevados níveis de dívida pública nas economias desenvolvidas.

O FMI recomenda aos Estados Unidos e ao Japão para que "desenvolvam e implementem planos fortes com medidas concretas para o ajustamento orçamental no médio prazo e com reformas dos direitos adquiridos".

Quanto à zona euro, as recomendações da instituição passam pela criação de uma "união monetária mais forte" e pela "limpeza do sistema financeiro".

Para os países emergentes, o FMI considera que é preciso implementar uma "nova ronda de reformas estruturais" nestas economias.

Relativamente aos riscos descendentes a que estas previsões estão expostas, o FMI desenha um "cenário plausível de queda", que diz ser composto por "desilusões continuadas e plausíveis em todo o lado".

Este contexto é marcado, entre outros fatores, por um investimento fraco na zona euro, pelo abrandamento do crescimento dos países emergentes, por uma restrição mais ampla do que a prevista nas condições financeiras nos Estados Unidos e por uma turbulência maior nos mercados financeiros internacionais.

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