O Primeiro-Ministro da Islândia, Sigmundur Davíd Gunnlaugsson, apresentou, esta terça-feira, a demissão, pouco depois do Presidente da República ter recusado o seu pedido de dissolução do Parlamento.

A demissão já tinha sido pedida por cerca de 10 mil pessoas que se manifestaram, hoje, à porta do Parlamento islandês. Em causa está o alegado envolvimento de Sigmundur Davíd Gunnlaugsson no escândalo de corrupção conhecido por “Papeis do Panamá”.

Depois de ter sido divulgada uma lista com mais de 70 nomes de chefes e ex-chefes de estado, alegadamente envolvidos em esquemas de corrupção, o primeiro-ministro terá avançado com uma proposta de eleições antecipadas. No entanto, a ideia foi rejeitada pelo Presidente da República que, segundo a AFP, afirma querer ouvir primeiro os restantes partidos para depois tomar uma decisão.

Desde 2013 que vigora a coligação entre o Partido do Progresso de Gunnlaugsson e o Partido da Independência, e a possibilidade de perda do apoio do parceiro de coligação terá estado na origem da tomada de decisão do primeiro ministro, agora renunciada pelo presidente Islandês.