Sócrates afirma que "usar a prisão para extorquir confissões" é "de um passado medieval"

Sócrates afirma que "usar a prisão para extorquir confissões" é "de um passado medieval"
| Política
Porto Canal com Lusa

O antigo primeiro-ministro José Sócrates disse hoje, em Vila Nova de Gaia, que "não há processo justo se for intimidatório", considerando que "usar a prisão para extorquir confissões" é "de um passado medieval".

No início de uma intervenção à qual chamou "Estado e indivíduo: Considerações sobre a ação penal democrática", organizada por uma sociedade de advogados de Espinho, a Azevedo Brandão & Associados, José Sócrates começou por referir que iria "discutir a justiça à luz do processo" em que está envolvido, aproveitando para se defender.

"Quero defender-me das imputações falsas e injustas. E quero denunciar os abusos e arbitrariedades que pendem sobre mim", referiu o ex-governante que entrou na sala ao lado do presidente da câmara de Matosinhos, o independente Guilherme Pinto.

José Sócrates citou vários estudiosos para sublinhar a ideia de que "um abuso cometido contra alguém é uma ameaça contra todos" e falou em "máquinas intimidatórias", considerando que a "prisão preventiva serve para extorquir confissões".

"Não há processo justo se ele for intimidatório. Usar a prisão para extorquir confissões não são regras de agora, são regras de um passado medieval", frisou.

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

Governo responde a Marcelo. "Não está em causa nenhum processo" para reparação do passado colonial

O Governo afirmou este sábado que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.