Subida do ISP terá impacto nos produtos transacionados - Galp
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 08 fev (Lusa) - O presidente executivo da Galp, Carlos Gomes da Silva, recusou hoje comentar a intenção do Governo de aumentar este ano o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), mas reconheceu que este aumento terá impacto nos produtos transacionados.
"Trata-se de uma decisão incorporada no Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), é uma medida que tem impacto na indústria e sobre a qual não temos qualquer poder de influência", disse Gomes da Silva em conferência de imprensa para apresentação dos resultados da empresa.
O presidente executivo da Galp não quis tecer comentários à decisão do executivo, dizendo apenas que esta se traduz numa subida de impostos com impacto no produto final, como o gás ou os combustíveis.
"É um imposto e qualquer imposto é repercutido nos produtos que transacionamos", frisou.
De acordo com o OE2016 entregue na sexta-feira no parlamento, o executivo prevê que o ISP vai aumentar seis cêntimos por litro na gasolina sem chumbo e no gasóleo rodoviário, de modo a "corrigir a perda de receita fiscal, resultante da diminuição da cotação internacional".
Segundo a carta enviada a Bruxelas, no âmbito da negociação do Orçamento do Estado para 2016, o Governo espera arrecadar 120 milhões de euros em 2016 com o aumento do ISP.
A Galp Energia obteve em 2015 um resultado líquido ajustado de 639 milhões de euros, um aumento de 71,5% face aos 373 milhões alcançados no período homólogo de 2014, anunciou hoje a empresa.
A melhoria das margens de refinação na Europa, o aumento da produção de petróleo e gás e o crescimento da comercialização de gás natural nos mercados europeus contribuíram favoravelmente para este resultado, segundo Gomes da Silva.
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