Banif: Presidente do Governo da Madeira quer mais "supervisão"

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 21 dez (Lusa) - O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, disse hoje que a venda do Banif foi "a possível", mas que salvaguarda os interesses dos clientes, e defendeu o reforço dos poderes de supervisão sobre o sistema financeiro.

O governante madeirense, que falava à saída de uma reunião com o primeiro-ministro António Costa, em São Bento, Lisboa, considerou que a venda do Banif ao Santander Totta "foi a solução possível", mas que permite "manter a confiança no sistema financeiro e sobretudo junto dos cidadãos".

"Depois do que se passou com o BPN, depois do que se passou com o BES, o pior que podia acontecer era esses depósitos e as poupanças das pessoas que trabalham e que confiam nestas instituições não estarem salvaguardados", afirmou Miguel Albuquerque.

Além da salvaguarda dos depósitos das empresas, das famílias e dos emigrantes, a venda do Banif permitirá ainda assegurar os postos de trabalho nas regiões autónomas, segundo lhe terá sido comunicado pelo presidente do Santander Totta.

"A nossa própria diáspora tem no Banif, como [se] sabe, uma instituição relevante e importante, e é preciso também lembrar, o número de trabalhadores [do banco] nas duas regiões autónomas - na Madeira são cerca de 200 e nos Açores 200 trabalhadores também - e as próprias agências", frisou.

Segundo Miguel Albuquerque, existiram tentativas para se encontrar uma solução mais cedo, mas isso não foi possível.

"Acho que há aqui um problema de fiscalização do sistema financeiro, porque eu penso que, como aliás o primeiro-ministro também já o disse, no futuro tem que haver uma supervisão mais efetiva do modo de funcionamento e do 'modus operandi' das instituições financeiras", defendeu o governante madeirense, apesar de não querer "inventar bodes expiatórios".

O Banco de Portugal anunciou, no domingo, que decidiu com o Governo a venda da maior parte dos ativos e passivos do Banif ao Banco Santander Totta por 150 milhões de euros, que garante a proteção dos depositantes e assume a atividade junto dos clientes particulares e de empresas.

A operação envolve um apoio público, para cobrir contingências futuras, estimado em 2.255 milhões de euros, dos quais 489 milhões de euros pelo Fundo de Resolução e 1.766 milhões do Estado, disse o banco central.

A Comissão Europeia aprovou hoje um auxílio adicional a Portugal até três mil milhões de euros para a resolução do Banif, em processo de reestruturação desde 2012, e que era o sétimo maior grupo bancário português e líder de mercado nos Açores e na Madeira.

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