Soares da Costa diz que reestruturação é fundamental para salvar empresa
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 16 dez (Lusa) -- A administração da Soares da Costa disse hoje que a reestruturação da empresa, em que se inclui o despedimento coletivo de 500 trabalhadores, é fundamental para conseguir a recuperação da construtora.
"Para garantir a recuperação da empresa é imperioso executar o plano de reestruturação em curso, que passa pela diminuição significativa de gastos administrativos, de rendas e ainda pela adequação do quadro de pessoal às necessidades atuais, nomeadamente pela dispensa de cerca de 500 colaboradores", lê-se no comunicado hoje divulgado pela administração da Soares da Costa Construções.
A equipa de gestão da construtora refere que tem vindo a fazer "todos os esforços" com vista à "salvação da empresa" que está numa "situação muito difícil", com prejuízos de cerca de 60 milhões de euros por ano, e diz considerar que com o "diálogo, esforço e profissionalismo" dos trabalhadores conseguirá "manter viva uma instituição que é uma referência de qualidade, segurança e inovação em Portugal e no mundo".
Neste momento "a empresa emprega nas várias geografias onde se encontra cerca de 4300 pessoas", segundo a administração.
A Soares da Costa anunciou hoje à Comissão de Trabalhadores que vai abrir um processo de despedimento coletivo de cerca de 500 funcionários.
Na carta em que deu conta da decisão aos funcionários, a que a Lusa teve acesso, a empresa justifica os despedimentos com a crise em Portugal e Angola, seu principal mercado, e com os prejuízos acumulados nos últimos anos.
A Soares da Costa Construções é controlada em 66,7% pela GAM Holdings, detida pelo empresário angolano António Mosquito, que entrou no capital da construtora no final de 2013, sendo os restantes 33,3% da SDC -- Investimentos (ex-Grupo Soares da Costa).
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