Movimento desafia ministro da Educação a alargar bolsa de manuais escolares a todos os alunos

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 12 set (Lusa) - O fundador do Movimento pela Reutilização dos Livros Escolares desafiou hoje o ministro da Educação a recomendar a todas as escolas que estendam as bolsas de manuais escolares para alunos da ação social a todos os estudantes.

"Não chega o Sr. Ministro [Nuno Crato] responder que isso é da competência das escolas. É certo que é uma competência das escolas, mas a sua recomendação é fundamental para que as escolas avancem em massa", disse à agência Lusa Henrique Cunha.

Para o mentor do Reutilizar.Org, o alargamento das bolsas de manuais escolares a todos os alunos resolveria "o problema da maioria das famílias que compreende que o livro usado é tão valioso como um livro novo, e não precisaria de comprar livros e de ter este encargo nesta altura do ano".

Fazendo um balanço dos dois anos de atividade do movimento que promove a criação e divulgação de bancos de recolha e partilha gratuita de livros escolares por todo o país, Henrique Cunha disse que tem sido um "sucesso enorme".

"O sucesso é enorme seja pela adesão das pessoas aos bancos, seja pela multiplicação do número de bancos associado ao movimento ou pela abertura de novos bancos promovidos por autarquias, bibliotecas e escolas" sem estarem associados ao movimento, sublinhou.

"Esta é uma medida do sucesso do movimento que tem como objetivo único tornar a reutilização dos livros universal, independentemente de ser por intermédio dos nossos bancos", acrescentou.

Na opinião de Henrique Cunha, a "crise profunda" que o país atravessa tem sido "um fator de sucesso desta iniciativa e de outras que permitem às famílias terem manuais a um preço mais acessível".

Contudo, comentou, "ainda que a crise ajude ao sucesso do movimento, insisto que o que nos motiva não é a questão financeira".

"Se, como nós preconizamos, todas as escolas tiverem o seu próprio banco de livro a questão financeira fica totalmente retirada do assunto", explicou.

Atualmente, estão associados ao movimento mais de 160 bancos, estando mais 20 em processo de abertura. "Há ainda, pelo menos, outros tantos que não são associados" ao Reutilizar.org.

Neste momento, há bancos de livros em todos os distritos do país, exceto na ilha da Madeira, disse o responsável.

Além da troca de livros, o movimento faz ainda doações de manuais ao Banco Alimentar Contra a Fome, através de um protocolo, que "permite a todos os bancos de livros reencaminharem para a campanha 'troque papel por alimentos' os manuais não reutilizáveis.

Só o banco de livros da Boavista, promovido por Henrique Cunha, enviou mais de 20 toneladas de livro ao Banco Alimentar do Porto.

"Nesta fase do ano, são 1.500 quilos de livros escolares por semana que seguem para o Banco Alimentar", adiantou.

Sobre o número de manuais que já foram reutilizados, Henrique Cunha disse que o movimento "não faz o registo de quem entrega e de quem leva livros, porque é uma forma de promover a reutilização universal para toda a gente".

Mas atendendo que existem mais de 100 bancos desde o dia 02 de setembro de 2012, o Reutilizar.Org estima que "mais de um milhão de livros já tenham sido reutilizados".

HN // GC.

Lusa/fim.

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