Passos pede contributos aos parceiros sociais na integração dos refugiados
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 14 out (Lusa) - O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que Portugal está "praticamente" pronto para acolher 4.500 refugiados e apelou aos parceiros sociais para que apresentem medidas que ajudem à integração "em termos económicos" dessas pessoas no nosso país.
"Estamos praticamente prontos para receber esse acolhimento. Damos um contributo muito significativo ao receber 4.500 refugiados, é um esforço que está proporcionado aquilo que é a dimensão do país, as suas condições económicas e portanto compara muitíssimo bem com o esforço que outros países europeus estão a fazer", afirmou Passos Coelho.
O primeiro-ministro reuniu-se hoje com os parceiros sociais, no Conselho Económico e Social (CES), no âmbito do Conselho Europeu de quinta-feira, em Bruxelas, onde será discutida a questão dos refugiados, bem como a União Económica e Monetária (UEM).
Relativamente aos refugiados, "concordamos que é muito importante ter a oportunidade de envolver também, não apenas as Instituições de Solidariedade Social (IPSS) em Portugal , mas também os próprios parceiros sociais, na medida em que queremos acolher estes refugiados em condições de segurança e é muito importante ver em que medida os próprios parceiros sociais nos podem transmitir mecanismos que possam ajudar à efetiva integração em termos económicos destas pessoas que serão acolhidas por Portugal nos próximos meses", disse Passos Coelho.
Relativamente à questão da União Económica e Monetária, Passos Coelho disse esperar que esse tema esteja no centro das discussões do Conselho Europeu de dezembro, "mas é natural que seja feita uma abordagem" no encontro de quinta-feira em Bruxelas.
Garantiu ainda que "o Governo português não deixou cair os seus contributos para esse debate e mantém alguma pertinência quanto à forma como a União Europeia deveria fazer evoluir esse debate".
É importante "que possamos ter condições para que a retoma europeia possa, no seu conjunto, ser mais rápida contrariando aquilo que são as perspetivas divulgadas recentemente pelo Fundo Monetário Internacional".
No seu conjunto, todos os parceiros sociais manifestaram a sua preocupação para com o problema dos migrantes e dos refugiados.
SMS// ZO
Lusa/Fim