473.887 pessoas atravessaram Mediterrâneo este ano
Porto Canal
Pelo menos 473.887 pessoas atravessaram, este ano, o mar Mediterrâneo para chegar à Europa, das quais perto de 40% eram oriundos da Síria, informou hoje a Organização Internacional das Migrações (OIM).
O número de chegadas duplicou as registadas em todo o ano passado.
Da Síria chegaram 182 mil pessoas, quando em 2014 os sírios registados na Europa representaram menos de 30% das entradas totais.
De todas as pessoas que chegaram à Europa, 349.109 entraram pela Grécia, 121.859 pela Itália e 2.819 pelas costas espanholas.
Dos migrantes que entraram pela Grécia, a grande maioria (175.375) era oriundo da Síria, 50.117 do Afeganistão, 11.289 do Paquistão e 9.059 do Iraque.
Em relação à Itália, a maioria era da Eritreia (30.708), Nigéria (15.113), Somália (8.790), Sudão (7.126) e Síria (6.710).
De acordo com os dados da OIM, pelo menos 2.812 pessoas morreram nesta travessia. A OIM advertiu que este número não reflete a realidade.
O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) indicou que o número de mortos é superior a 2.900.
Joel Millman, porta-voz da OIM, explicou que a diferença dos números se deve, provavelmente, ao facto de esta organização contabilizar apenas as mortes ocorridas no mar, não incluindo as pessoas mortas no continente, após a travessia do Mediterrâneo.
Millman afirmou que o mês de setembro regista, até agora, um elevado número de mortes, com uma média de oito mortes por dia, de pessoas que tentam atravessar o Mediterrâneo.