Monarquias Golfo remetem solução crise para comunidade internacional
Porto Canal com Lusa
Riade, 16 set (Lusa) -- As monarquias petrolíferas do Golfo, acusadas de aceitarem poucos refugiados, responderam na terça-feira que "deve ser a comunidade internacional a assumir as suas responsabilidades" na ajuda às pessoas que fogem de guerras, como a Síria, para a Europa.
A resposta foi dada no final de uma reunião, na capital da Arábia Saudita, dos ministros dos Negócios Estrangeiros do Estados membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), onde também foi discutido Irão e o grupo que se designa por Estado Islâmico.
Perante os seus detratores, que lhes criticam o ato de não terem aberto as fronteiras a estes refugiados, as ricas monarquias árabes, que não são signatárias da convenção da ONU sobre os refugiados, afirmaram que acolhem "os irmãos sírios, que são tratados como residentes e beneficiam da gratuitidade da saúde e educação, bem como do direito ao trabalho", segundo o comunicado divulgado no final da reunião.
Por outro lado, os ministros recordaram que os seus países tinham contribuído, com ajuda financeira e humanitária, "em coordenação com os governos dos países de acolhimento ou organizações não-governamentais", para centenas de milhares de sírios refugiados, em particular no Líbano e na Jordânia.
Defenderam também "uma solução política da crise síria, fundada na Declaração de Genebra, de junho de 2012", que prevê um governo de transição com poderes plenos e "sem ingerências estrangeiras" e "a partida de todos os combatentes estrangeiros da Síria", lê-se no comunicado.
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