FMI diz que alívio da dívida grega é essencial para viabilidade do plano de resgate
Porto Canal / Agências
"A resposta é categórica: Não", respondeu Lagarde, quando questionada pela rádio francesa Europe 1, sobre a viabilidade do plano de resgate elaborado em Bruxelas na segunda-feira sem que seja acompanhado de um alívio da dívida.
Segundo Lagarde, esta é a razão pela qual os parceiros europeus já admitiram o alívio da dívida grega no acordo alcançado na segunda-feira, frisando que "este princípio foi adquirido", se bem que nem o valor nem o método estão definidos.
A diretora-geral também condicionou a participação do FMI no terceiro resgate à existência de um alívio da dívida.
"Para que nós participemos, é necessário haver um programa completo, que do nosso ponto de vista tem de assentar em duas pernas: a primeira é a perna grega que é reformar profundamente a economia, liberalizando-a, dando-lhe capacidade para crescer e mantendo uma linha orçamental saudável", disse.
"A segunda etapa é a perna de credores, que consiste em prestar financiamento, mas também para reestruturar a dívida e aliviar o fardo", reforçou.
Lagarde é apologista de um modelo que passe pelo aumento dos prazos de pagamento e uma redução dos juros, contra reduções de dívida.
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