Consórcio vencedor da privatização da TAP convicto de que qualquer Governo aprovará o seu projecto

| Economia
Porto Canal / Agências
Lisboa, 24 jun (Lusa) - O consórcio que comprou a TAP reconhece que o negócio pode ser travado por um novo Governo no poder, mas está convicto que isso não acontecerá e que um novo executivo irá sempre aprovar o seu projeto.

"Mesmo que venha um novo Governo, tenho a certeza que vai aprovar o nosso projeto", disse o empresário português Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, em conferência de imprensa, depois de ter sido hoje assinado o contrato de venda de 61% do capital social da TAP ao consórcio Gateway, que integra também o empresário norte-americano e brasileiro David Neeleman.

O consórcio foi questionado sobre a eventualidade de uma reversão do negócio, depois de o Partido Socialista ter insistido este mês no facto de o contrato de venda não incluir uma cláusula de anti-reversão contratual, chegando a avisar que desencadearia todos os mecanismos para requerer a ilegalidade do contrato entre o Estado e o consórcio Gateway caso o mesmo incluísse essa possibilidade.

"Se amanhã houver um novo Governo, seja que governo for, e se a TAP já estiver numa situação melhor do que a que está hoje, com certeza que o Governo acha que foi boa opção e que deve continuar nas mãos de privados", reforçou Humberto Pedrosa.

O empresário sublinhou que o consórcio vai apostar na qualidade, segurança e sucesso da transportadora e fazer da TAP "uma grande companhia europeia".

David Neeleman reconheceu que "é claro, que o negócio pode ser travado", mas sublinhou que o plano para a transportadora "é muito bom" e vai acabar por colher o apoio junto dos diferentes quadrantes.

"As eleições têm dois partidos, pensei muito sobre isso, os políticos vêm e saem, vêm e saem, mas houve um português que vai ficar, a TAP vai ficar, claro que vamos trabalhar com todos os governos, tenho a certeza quando o nosso plano estiver implementado" e as pessoas tiverem informação, "todo o mundo vai achar que esse é o melhor caminho para a TAP", afirmou.

Além disso, frisou que "não se pode continuar uma empresa sem investimento", contando que "não foi fácil conseguir esse dinheiro".

"Sem dinheiro a TAP não vai para a frente. O nosso plano é muito bom e os sindicatos vão gostar bastante", disse.

JMG/RCR// ATR

Lusa/fim

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