"O propósito desta cimeira é o de garantir que todos compreendemos as decisões uns dos outros e as consequências das nossas decisões", disse Tusk, numa declaração hoje divulgada, em Bruxelas.

O presidente do Conselho Europeu salientou ainda que esta cimeira "não é um passo final" e do encontro não deverá sair "uma solução mágica" de alto nível.

Tusk, que preside também às reuniões dos líderes dos países da moeda única, salientou ainda que "a situação na Grécia está a tornar-se crítica", com o programa de assistência a terminar no dia 30 e sem que quatro meses de negociações entre os credores internacionais e Atenas tenham resultado num acordo.

"O jogo falcão-pomba tem que acabar, bem como o jogo da culpa. Porque isto não é um jogo e não há tempo para jogos - é real e com possíveis consequências reais, em primeiro lugar e principalmente para o povo grego", salientou ainda o presidente do Conselho Europeu, numa alusão à estratégia do ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, de usar a teoria dos jogos - ferramenta usada para compreender o comportamento económico - nas negociações com a 'troika'.

Na sua declaração, Tusk salientou ainda que a situação está a aproximar-se de um ponto em que o Governo grego terá que fazer uma escolha.

"No fim de contas, a escolha é apenas da Grécia e a responsabilidade também", disse, apelando a que os poucos dias que faltam até ao final do mês "sejam usados com sensatez".

O programa de resgate da Grécia e da data limite para o país pagar 1,6 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional estão a 11 dias de expirar.

IG// ATR

Lusa/fim