Perto de 1.300 migrantes desembarcaram em Itália, são esperados mais 1.500
Porto Canal
Perto de 1.300 dos mais de 6.700 migrantes socorridos durante o fim de semana desembarcaram hoje em Itália, enquanto à volta de 1.500 outros são esperados durante o resto do dia, anunciou a Marinha.
Um primeiro grupo de 873 migrantes, entre os quais 103 mulheres e 52 crianças, chegou ao porto de Pozzallo, perto de Raguse, no extremo sul da Sicília. Os migrantes, essencialmente somalis e eritreus, serão transferidos após identificação para centros de acolhimento na península, Roma Milão ou Nápoles, entre outros.
Um segundo grupo de cerca de 400 pessoas chegou a Messine, a norte da Sicília. Além de somalis e eritreus, o grupo inclui ainda sírios.
De acordo com a Marinha, são esperados no porto de Reggio Calabria 778 migrantes socorridos em cinco diferentes operações e ao porto de Augusta devem chegar outros 675 migrantes.
Adrian Edwards, do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, disse que a Guarda Costeira de Itália indicou ter resgatado 6.779 migrantes durante o fim de semana no Mediterrâneo.
Através da sua conta na rede social de mensagens curtas Twitter, Edwards adiantou que foram encontrados 10 migrantes mortos.
A Frontex, a agência europeia encarregada da vigilância das fronteiras exteriores do espaço Schengen, declarou hoje ter intensificado as suas operações no Mediterrâneo.
"Estamos a tentar aumentar o número de navios e de aviões. Pedimos e obtivemos a confirmação de países europeus, entre os quais a França, sobre o envio das suas unidades", declarou à agência France Presse Ewa Moncure, porta-voz da Frontex, que tem sede em Varsóvia.
Uma dezena de navios integram atualmente a operação Tritão no Mediterrâneo gerida pela Frontex.
Centenas de migrantes, sobretudo africanos, partem na sua maioria da Líbia e chegam diariamente às costas italianas.
Após uma série de naufrágios que causaram mais de 1.200 mortos em abril, os dirigentes europeus aprovaram numa cimeira extraordinária o reforço da presença da UE no Mediterrâneo, triplicando o orçamento da operação Tritão, que ascendia até essa altura a três milhões de euros por mês.