17 milhões de euros terão beneficiado José Sócrates
Porto Canal (SYE)
O ministério público (MP) acredita que reuniu mais peças para construir o processo contra José Sócrates.
Os mandados de busca levaram à detenção de José Barroca, administrador do Grupo Lena. Rosário Teixeira, procurador responsável pela investigação, alega que Sócrates terá recebido ou beneficiado 17 milhões de euros com origem ilegal e com o intuito de o corromper, diz o jornal Expresso.
O MP especifica que três milhões de euros alegadamente recebidos pelo ex-primeiro ministro tiveram origem na construtora Lena, 12 milhões vieram de duas empresas controladas por Hélder Bataglia e 2 milhões vieram das contas bancarias de Jeroen van Dooren, empresário holandês.
Um fonte judicial disse ao jornal Expresso que o empresário Jeroen van Dooren terá justificado a transferência do dinheiro com a compra de um imóvel no Algarve a Joaquim Barroca, mas o MP alega que a propriedade, no valor de 4,3 milhões de euros, foi paga a uma terceira entidade, que nada tem a ver com o Grupo Lena.
“O que a carta rogatória prova é que não há qualquer relação do engenheiro Sócrates com as contas da Suíça. Nem directamente nem indirectamente, através de empresas. Não há nada que o ligue ao dinheiro. Mais do que inverosímil, a alegação do MP é impossível”, afirma o advogado Pedro Delille, que defende o ex-primeiro ministro.