Maioria das previsões indica fim da recessão em Portugal no 2.º trimestre

| Economia
Porto Canal / Agências

A maioria das previsões sobre a economia portuguesa no segundo trimestre aponta para o fim da recessão, antecipando-se uma evolução positiva do produto que oscila entre os 0,3% e os 0,6%.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na quarta-feira a estimativa rápida do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, sendo que nos três primeiros meses do ano a economia portuguesa caiu 3,9%. No mesmo dia, o Eurostat publica estimativas rápidas do PIB para a União Europeia e para a zona euro entre abril e junho.

A estimativa mais otimista é a da Universidade Católica, que calcula que o PIB terá crescido 0,6% entre abril e junho de 2013, pondo fim a 10 trimestres consecutivos de contração económica.

No boletim trimestral divulgado em julho, os analistas do Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) desta instituição, explicam esta inversão da tendência sobretudo com o comportamento positivo das exportações.

No entanto, para o conjunto de 2013, o NECEP continua a antecipar uma queda de 2,4% do produto, estimando que o ritmo de contração da economia se mantenha, mas abrande em 2014, para os -0,4%,

O Montepio apresentou já este mês as suas previsões para o desempenho da economia entre abril e junho e antecipa um crescimento de 0,4% neste período.

O indicador compósito do banco para o PIB sinaliza um acréscimo de 0,4%, revertendo a queda do primeiro trimestre de 2013, bem como a importância do consumo privado e do setor industrial para a inversão do comportamento do produto.

Também o Crédit Suisse estima que, no segundo trimestre deste ano, Portugal tenha interrompido o ciclo recessivo, antevendo que a economia tenha crescido 0,3%, em cadeia.

Num relatório divulgado na semana passada, o banco suíço diz esperar que "a zona euro saia da recessão no segundo trimestre [de 2013] com o PIB a subir 0,3% em cadeia, depois de uma queda de -0,3% no primeiro trimestre".

"Os dados gregos e os portugueses mostram algumas melhorias. Em particular, esperamos que Portugal saia da recessão, apresentando um crescimento em cadeia de 0,3%", lê-se no documento.

No entanto, nem todas as estimativas apresentadas apontam neste sentido e o gabinete de estudos do banco espanhol BBVA prevê que Portugal se tenha mantido em terreno negativo entre abril e junho.

Os economistas do banco calculam que o PIB português tenha caído entre 0,1% e 0,2% no segundo trimestre e consideram que, "no geral, a economia portuguesa comportou-se em linha com o esperado (...) sem grandes alterações nos fatores subjacentes ao desempenho económico".

Por isso, os analistas do BBVA mantêm as previsões para 2013, calculando que a recessão se mantenha mas que abrande, para os -2,3%, depois da contração de 3,3% registada em 2012.

A instituição refere ainda que "o único apoio" que a economia portuguesa vai ter para que o ritmo da recessão abrande é "a significativa contribuição positiva das exportações líquidas", reconhecendo que isso vai compensar em certa medida a contração da procura interna.

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