Associação busca compromisso dos candidatos ao Porto para biblioteca do Marquês

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Porto Canal / Agências

Porto, 06 ago (Lusa) -- A associação Fora da Porta, que pretende reativar a fechada biblioteca do jardim do Marquês, no Porto, tem vindo a ter reuniões com os candidatos à autarquia para tentar obter o seu "compromisso público" de reabertura daquele equipamento.

A associação já reuniu com os candidatos José Soeiro (BE), Manuel Pizarro (PS), Pedro Carvalho (CDU), Rui Moreira e Nuno Cardoso (independentes), tem reunião agendada com Costa Pereira (PTP) e aguarda resposta de Luís Filipe Menezes (PSD).

"A recetividade tem sido muito boa" afirmou à agência Lusa Júlio Moreira, um dos membros da associação, acrescentando que nenhum dos candidatos "se tem comprometido com soluções concretas" mas que todos têm "concordado em manter aquele espaço para o serviço da comunidade".

Na carta que a Fora da Porta enviou a todos os candidatos é pedido o compromisso com "o garantir de uma utilização consentânea com as suas características e com estes objetivos - espaços públicos para serviços públicos".

Sem pretender "especificamente" ficar "detentores daquele espaço" a associação recentemente constituída quer "um processo claro e com condições adequadas à função e com contrapartidas justas para a exploração e dinamização de interesse público daquele espaço e, a título de exemplo, lembra "a notícia recente em que se dava conta do interesse do município em concessionar um local no novo espaço dos Clérigos à Federação Académica do Porto: 526 metros quadrados por 30 euros mensais".

A antiga biblioteca do jardim do Marquês, com 43 metros quadrados, foi concessionada em hasta pública por 560 euros mensais pela Câmara do Porto mas está há mais de um ano por adjudicar.

Na hasta pública realizada pela autarquia a 16 de julho, a concessão e exploração da biblioteca foi entregue por 610 euros mensais ao empresário Manuel Leitão, responsável pelo guia "Porto Menu", que teve uma das edições de 2012 retirada de todos os espaços municipais por trazer na capa "Rio és um fdp".

No fim de 2012, foi criada a associação Fora da Porta para substituir Manuel Leitão na administração do espaço e a alteração foi comunicada à autarquia "com argumentação jurídica" explicando "o motivo e o interesse de, em vez de a gestão ser feita por um indivíduo, ser feita por uma associação", revela à Lusa o empresário.

A biblioteca abriu em 06 de janeiro de 1948 com o nome "Biblioteca Popular Pedro Ivo", num edifício da autoria de Bernardino Basto Fabião, e funcionou até 2001, quando foi encerrada devido às obras do metro naquele jardim.

Fechada durante 11 anos, seria reaberta a 16 de Junho de 2012, por um grupo de cidadãos que procedeu ao desentaipamento do espaço e à sua ocupação com o intuito de devolver o espaço à sua vocação de biblioteca.

O município fez desocupar o edifício e voltou a entaipá-lo, abrindo posteriormente o processo para a sua concessão.

DP (ACG) // MSP

Lusa/fim

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