Accionistas da PT SGPS retomam hoje assembleia-geral para decidir venda da PT Portugal

Accionistas da PT SGPS retomam hoje assembleia-geral para decidir venda da PT Portugal
| Economia
Porto Canal

Os acionistas da PT SGPS retomam hoje a assembleia-geral (AG) para decidir a venda da PT Portugal à Altice, suspensa a 12 de janeiro para obterem mais informação, nomeadamente pareceres jurídicos sobre a fusão com a Oi.

Nestes 10 dias que separaram as duas assembleias-gerais, muita informação foi divulgada pela administração da PT SGPS, entre ela os pareceres jurídicos sobre a fusão com a Oi, alguns deles considerando que a operadora brasileira não pode vender o "ativo PT" à luz dos contratos existentes e sugerindo a realização de uma nova reunião para eventual alteração dos contratos realizados.

Ficou também a saber-se que o presidente da mesa da AG da PT SGPS, António Menezes Cordeiro, considera que os acionistas "têm tudo a ganhar" com a resolução da fusão e que a PT pode voltar à precisa posição em que estava antes da conclusão do contrato, recuperando a PT Portugal e devolvendo as ações que recebeu em troca.

Apesar da informação divulgada pela administração da PT SGSP, a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) sublinha que "há aspetos ainda a carecer de clarificação" e pede mais informação, sobretudo depois da PriceWaterhouse Coopers (PwC) ter justificado o atraso no relatório sobre as aplicações financeiras da PT na Rioforte com "dificuldade de acesso a elementos relevantes" que nunca chegou a obter.

A CMVM conclui que "por indicação" do Conselho de Administração da PT SGPS "foram excluídos do relatório quaisquer juízos jurídicos sobre a atuação dos membros dos órgãos sociais", ou seja, Conselho de Administração, Comissão Executiva e Comissão de Auditoria.

Dias atribulados que culminaram com a Oi a anunciar que vai avançar com um processo judicial contra o ex-presidente da PT SGPS Henrique Granadeiro por prestar informação falsa ao regulador e aos acionistas, com Menezes Cordeiro a querer a reversão da fusão e o ministro da Economia, António Pires de Lima, a defender que a empresa "merece ter acionistas que a valorizem e lhe deem estabilidade quanto antes".

Uma fonte próxima da Oi disse à Lusa que a operadora brasileira está convicta de que os acionistas da PT SGPS vão tomar uma decisão relativamente à venda da PT.

"É convicção profunda da Oi e de outros acionistas de referência que será tomada uma decisão" na AG de acionistas, adiantou a mesma fonte próxima da Oi.

Ao longo da semana, o Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT (STPT) pediu mais um adiamento da reunião magna e o fim da fusão com a operadora brasileira Oi.

Em resposta, a PT SGPS disse em comunicado que mantém a AG e está disponível para cumprir hoje os seus deveres fiduciários.

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