Primeiro-ministro francês admite "falhas" na seguraça
Porto Canal
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, assumiu hoje que as 17 mortes provocadas por ataques terroristas perpetrados no país, nos últimos três dias, mostram "a existência de falhas" na segurança.
"Há uma falha clara. Quando 17 pessoas morrem, isso significa que houve falhas" na segurança, afirmou o governante ao canal televisivo BFM e citado pela agência noticiosa France Presse.
Valls mostrou-se preocupado com as "centenas de pessoas que viajam para a Síria ou para o Iraque" para serem "treinadas no terrorismo" e que depois regressam ao país.
A França registou, desde quarta-feira, quatro incidentes violentos, que começaram com um atentado à sede do jornal Charlie Hebdo, em Paris, provocando 12 mortos (10 jornalistas e cartoonistas e dois polícias) e 11 feridos.
Os dois suspeitos, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos hoje na sequência do ataque de forças de elite francesas à gráfica, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade, onde se barricaram.
Na quinta-feira, foi morta uma agente da polícia municipal, a sul de Paris, e fontes policiais estabeleceram já "uma conexão" entre os dois 'jihadistas' suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o presumível assassino.
Também hoje, ao fim da manhã, pelo menos cinco pessoas foram mortas numa loja 'kosher' (judaica) do leste de Paris, numa tomada de reféns, incluindo o autor do sequestro, que foi morto durante a operação policial.
Fontes policiais citadas pelos 'media' franceses dizem que este homem é provavelmente o mesmo que matou a polícia municipal.