Um minuto de silêncio será cumprido por três vezes em Bruxelas
Porto Canal / Agências
Bruxelas, 08 jan (Lusa) - O Parlamento Europeu, a imprensa internacional e a Comissão Europeia vão cumprir hoje um minuto de silêncio cada em memória das vítimas do atentado contra o jornal Charlie Hebdo, na quarta-feira, em Paris.
Para as 10:45 (09:45, em Lisboa) está marcada uma concentração e cumprimento de um minuto de silêncio na esplanada junto à sede do Parlamento, por iniciativa do seu presidente, Martin Schulz, como forma de demonstrar solidariedade com os cidadãos e autoridades franceses e as vítimas do atentado contra o jornal satírico, que provocou 12 mortos.
Para um quarto de hora mais tarde, no 'hall' do Residence Palace - o centro de imprensa internacional -, estão convocados os jornalistas estrangeiros que trabalham em Bruxelas para outra observação de um minuto de silêncio em memória das vítimas, por iniciativa das federações internacional e europeia de jornalistas.
Por fim, ao meio-dia todos os funcionários em todos os edifícios da Comissão Europeia são convidados a, também, permanecer em silêncio durante um minuto - homenagem que será efetuada também na sala de imprensa.
As bandeiras dos edifícios da Comissão estão hoje a meia-haste.
Dois irmãos suspeitos do ataque ao jornal estão ainda a monte, tendo-se entregado à polícia um terceiro presumível implicado.
A polícia francesa revelou hoje a fotografia dos dois irmãos suspeitos do ataque ao semanário satírico Charlie Hebdo no qual morreram 12 pessoas (dez jornalistas e canonistas e dois polícias) e 11 ficaram feridas, quatro em estado grave.
Três homens vestidos de preto, encapuzados e armados atacaram na manhã de quarta-feira a sede do Charlie Hebdo, no centro de Paris.
Os autores gritaram "Allah Akbar" (Alá é Grande) e "afirmaram pretender vingar o profeta" Maomé.
Entre as vítimas do ataque estão os cartoonistas Stéphane "Charb" Charbonnier, 47 anos e diretor da publicação, Jean "Cabu" Cabut, 76 anos, Georges Wolinksi, 80 anos, e Verlhac "Tignous" Bernard, 58 anos.
Criado em 1992 pelo escritor e jornalista François Cavanna, o semanário Charlie Hebdo tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu voltar a publicar 'cartoons' do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polémica em vários países muçulmanos.
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