Sindicato dos Jornalistas repudia e presta homenagem às vítimas
Porto Canal / Agências
Lisboa, 07 jan (Lusa) -- O Sindicato dos Jornalistas repudiou hoje o atentado ocorrido esta manhã na sede do semanário parisiense "Charlie Hebdo" e prestou homenagem à "resistência e coragem" dos que "amam até aos limites a liberdade de expressão".
Num comunicado na página na internet do sindicato afirma-se também a solidariedade para com a dor e revolta dos camaradas e familiares das vítimas do atentado, 12 até ao momento, 10 trabalhadores do semanário satírico e dois polícias.
"Tendo-se distinguido pelos seus desenhos satíricos, frequentemente polémicos, sobre diversas realidades políticas e religiosas, o ´Charlie Hebdo´ pagou um preço muito caro, profundamente injusto e completamente intolerável pelas suas opções", diz o comunicado na página do Sindicato, encimado por um quadro a negro com a frase "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie).
No documento, remetido também à Federação Europeia de Jornalistas, o Sindicato deseja a rápida detenção e a severa punição dos culpados e "junta a sua à voz das organizações de jornalistas e de cidadãos que reafirmam que a violência não pode ser a resposta para a divergência, mas também que o ódio jamais calará o desejo de liberdade".
O atentado de hoje na sede do semanário, perpetrado por três homens encapuzados e fortemente armados, provocou pelo menos 12 mortos e 20 feridos, quatro em estado grave, dizimando a redação do Charlie Hebdo.
Stéphane "Charb" Charbonnier, 47 anos e diretor da publicação, Jean "Cabu" Cabut, 76 anos, Georges Wolinksi, 80 anos, e Verlhac "Tignous" Bernard, 58 anos, incluem-se entre as vítimas do ataque.
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