Vistos Gold: Confederação do Imobiliário (CPCI) teme "pretexto" para acabar com programa
Porto Canal / Agências
Lisboa, 14 nov (Lusa) - A Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) disse hoje que a investigação judicial sobre a atribuição dos 'vistos gold' não pode "servir de pretexto" para acabar com um programa que tem resultados "tão expressivos".
A Polícia Judiciária deteve quinta-feira 11 pessoas suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influência e peculato, no âmbito de uma investigação sobre atribuição de vistos 'gold', um programa criado em 2013 para a emissão de autorizações de residência a investidores oriundos de fora do espaço Schengen.
"Este Programa não pode ser posto em causa por questões de natureza judicial as quais devem ser cabal e rapidamente esclarecidas pelos tribunais e, muito menos, por disputas de natureza política", afirma a confederação em comunicado hoje divulgado.
A CPCI considera tratar-se de um programa com "efeitos positivos comprovados", que tem de ser defendido sob pena de se perderem investimentos em Portugal.
Alguns números do Programa de Vistos Gold são recordados pela confederação: "Designadamente os 1.076 mil milhões de euros em investimento estrangeiro captado, dos quais 972 correspondem a aquisição de imobiliário nacional".
O programa de vistos 'gold' obteve o melhor registo mensal em outubro, ao captar mais 126 milhões de euros de investimento, segundo dados da CPCI que revelam que 86% daquele investimento (108,3 milhões de euros) foi aplicado no setor imobiliário nacional.
Desde o início do programa de vistos 'gold', em 2013, já foram investidos 1.076 milhões de euros, dos quais 972 milhões de euros (90%) na compra de imobiliário.
O programa de atribuição de vistos 'gold' prevê a emissão de autorizações de residência para estrangeiros que façam investimentos em Portugal por um período mínimo de cinco anos.
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