Mota Soares acredita que descida do desemprego se vai manter no médio prazo

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 05 nov (Lusa) - O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social classificou hoje como "uma boa notícia" a descida da taxa de desemprego no terceiro trimestre deste ano e mostrou-se convicto de que esta tendência se vai manter no médio prazo.

Atribuindo esta descida ao empreendedorismo dos empresários, aos trabalhadores e às reformas laborais, Pedro Mota Soares salientou que os empregos criados neste período têm "mais qualidade e mais qualificação" e defendeu que o país "tem de continuar a ter mais licenciados", contrariando as declarações da chanceler alemã na terça-feira.

"O desemprego foi a mas pesada herança deste Governo", mas "hoje esta realidade começou a ser invertida" e é reveladora de "sinais de recuperação económica", acrescentou o governante, à margem da conferência 'Emprego Jovem e Empreendedorismo Social: Novos Caminhos', em Lisboa.

Mota Soares ressalvou saber que o desemprego "continua a ser maior fratura" da economia portuguesa, e que é preciso "continuar o trabalho", mas destacou a recuperação económica do país "capaz de gerar empregos" e a descida "lenta e consolidada" da taxa de desemprego nos últimos 20 meses.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje uma queda da taxa de desemprego para os 13,1% no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma descida homóloga de 2,4 pontos percentuais e um recuo de 0,8 pontos face ao trimestre anterior.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse na terça-feira que países como Portugal e Espanha têm demasiados licenciados, o que faz com que não tenham noção das vantagens do ensino vocacional.

Citada pela agência de informação financeira Bloomberg, a chanceler alemã afirmou que o enfoque nos estudos universitários como um feito de topo da carreira é algo do qual deve haver um afastamento.

Mais tarde, o ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou discordar que o país tenha licenciados a mais e salientou que é preciso continuar a investir no Ensino Superior e na formação superior dos jovens.

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