Utilizadores da ciclovia Póvoa/Famalicão aconselhados a não circularem sozinhos
Porto Canal / Agências
Póvoa de Varzim, 22 mai (Lusa) - A ciclovia que liga Póvoa de Varzim a Famalicão atravessa zonas "perfeitamente isoladas", pelo que os utilizadores "devem evitar" andar sozinhos, nomeadamente por questões de segurança, alertou hoje fonte policial.
Fonte da GNR de Póvoa de Varzim sublinhou à agência Lusa que "há longos troços em que apenas se vê floresta e campos, onde não há qualquer habitação".
"E, já diz o povo, a ocasião faz o ladrão", acrescentou.
O Jornal de Notícias destaca hoje a violação de uma jovem "em pleno dia quando passeava de bicicleta numa zona florestal" daquela ciclovia.
A vítima, de 20 anos, terá sido atacada por um homem que aparentava 40 anos, pelas 12:00, que também circulava de bicicleta na mesma via.
"É sempre aconselhável não andar sozinho, não só para prevenir crimes como esse, mas até por questões de saúde. Imagine que acontece alguma coisa e não há ninguém por perto?", questionou a fonte policial.
Aquela ciclovia tem 38 quilómetros de extensão e resulta do aproveitamento de una antiga linha de caminho-de-ferro.
Do lado de Famalicão, já está concluída há uma década, enquanto no lado de Póvoa de Varzim, onde terá ocorrido a violação, ainda decorrem as obras, embora esteja igualmente transitável.
O presidente da Câmara de Póvoa de Varzim, Macedo Vieira, afirmou que "a ciclovia em si não é perigosa" mas lembrou que há um "princípio básico" que deve ser sempre respeitado: "nunca andar sozinho".
"Falo com conhecimento de causa. Passo muitas vezes de bicicleta na ciclovia e nunca me aconteceu nada. É verdade que a via passa a um cota inferior, que há zonas em que há apenas campos e mais campos, mas não a vejo como perigosa. Os perigos são iguais aos de quem anda na estrada ou num monte", disse o autarca.
Do total da ciclovia, 18 quilómetros estão no concelho de Póvoa de Varzim.
Inicialmente, estava previsto um investimento de 3 milhões de euros nesse troço, com o piso em asfalto, mas entretanto a Câmara decidiu reduzir aquele valor para metade, com a opção por um pavimento em terra compacta.
A intervenção deverá ficar concluída nos próximos meses.
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