Câmara da Trofa aprova saída da Associação de Municípios do Ave, oposição contra

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Porto Canal / Agências

Trofa, 23 out (Lusa) - A câmara da Trofa aprovou hoje, com três votos contra, a saída da Associação de Municípios do Vale do Ave (Amave), numa sessão em que também foi aprovado o orçamento para 2015 que ronda os 36 milhões de euros.

A intenção de sair da Amave já tinha sido tornada pública terça-feira, em declarações à Lusa, pelo líder do executivo camarário, Sérgio Humberto, eleito pela coligação CDS-PP, que hoje reiterou as críticas feitas a esta associação de municípios.

"Quando a Trofa passou a concelho [até integrava Santo Tirso] fazia sentido. Agora não. A Amave é uma empresa sem peso em candidaturas a fundos comunitários. Só serve para presidentes à antiga esconderem dívidas e contratarem pessoas", disse o autarca.

Sérgio Humberto, à margem da sessão, acrescentou que a "gestão da Amave foi produtiva num passado longínquo", acusando esta estrutura de agora "só ter técnicos preocupados em manter os seus salários principescos".

Relativamente à dívida de dois milhões de euros que a Amave em comunicado imputou hoje à Trofa, o vice-presidente desta câmara, António Azevedo, dividiu o valor em duas partes.

"São 1,6 em faturas que não estão passadas à Trofa. É necessário que a Amave faça demonstração de que as faturas são sobre serviços prestados à Trofa. E 400 mil euros de um processo que a Amave perdeu em Tribunal e tem de dividir por todos [os municípios que a constituem]. À Trofa só cabe 47 mil euros e vamos pagar assim que a deliberação saia em assembleia municipal", disse António Azevedo.

No comunicado emitido hoje, a Amave avança que vai acionar a câmara da Trofa judicialmente, dado que Sérgio Humberto elogiou, prometendo "honrar com os compromissos" depois de ser "provada a dívida" que "salvo demonstração" considera ter sido "imputada de forma cega".

Contactado pela Lusa, o presidente do conselho diretivo da Amave, Domingos Bragança, afirmou que as faturas em causa "foram aprovadas pelos revisores oficiais de contas e o procedimento foi igual para todas as câmaras".

"Os que cumpriram com os acordos que foram feitos tiveram um prazo de dois anos sem juros. Os que não pagarem têm de pagar juros de todos os anos. Se a Trofa está disponível para pagar esse valor que deve ser muito avultado, isso é um problema da Trofa", disse o também presidente da câmara de Guimarães.

A saída da Amave foi aprovada por maioria - com quatro votos a favor do PSD/CDS-PP e três contra do PS - e à margem da reunião a vereadora socialista e ex-presidente desta autarquia, Joana Lima justificou: "A Amave é uma associação que deu muito à Trofa. Não se sai assim da Amave não tendo em conta o esforço que ela teve durante anos para segurar a dívida da câmara da Trofa? O PS é um partido responsável e não pode ter uma postura quando está no poder e outra quando está na oposição".

Quanto ao orçamento para 2015, o ponto foi aprovado também pela maioria PSD-CDS-PP com o PS a abster-se.

Sérgio Humberto apontou que a verba rondará os 36 milhões de euros, apelidando o valor de "mais realista" e comparando-o ao de 2012 que disse ter sido de 80 milhões. Quanto ao orçamento de 2014 esse rondou os 47 milhões de euros.

O apoio social, a educação, a juventude e movimento associativo, o apoio à economia local, indústrias e comércio e "evitar a rutura financeira" foram as prioridades apontadas pelo executivo da Trofa nas Grandes Opções para o próximo ano.

PYT // MSP

Lusa/fim

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