Ébola: Profissionais de saúde sob risco em Dallas (EUA) sujeitos a restrições
Porto Canal / Agências
Austin, Estados Unidos, 17 out (Lusa) -- As autoridades de Dallas (Texas) ordenaram, esta quinta-feira, aos 75 profissionais de saúde que estiveram em contacto com o paciente que morreu na semana passada para evitarem os espaços e transportes públicos.
Os médicos e enfermeiros devem assinar um documento legal no qual assumem esse compromisso, informou o juiz do distrito do condado de Dallas, Clay Jenkins, à saída de uma reunião em que as autoridades recusaram decretar estado de emergência na cidade.
"Não há necessidade de utilizar poderes extraordinários ou colocar as pessoas sob qualquer tipo de lei especial", disse o magistrado.
A medida afeta 75 profissionais de saúde que, a par das enfermeiras Nina Pham e Amber Vinson (ambas contagiadas com o Ébola) cuidaram do paciente liberiano Thomas Eric Duncan, que morreu no passado dia 08.
Apesar de as autoridades não terem definido qual será a duração das restrições anunciadas, a vigilância para as pessoas que apresentam risco de infeção pelo vírus é de 21 dias, pelo que poderá estender-se durante as próximas duas semanas.
Além dos 75 trabalhadores, as autoridades mantêm sob observação 40 pessoas que também mantiveram contacto com Duncan antes de dar entrada no hospital, assim como os 132 passageiros que seguiam a bordo do avião em que viajou, na segunda-feira, Amber Vinson.
A enfermeira foi transferida na quinta-feira para o Hospital Universitário Emory de Atlanta (Georgia) e espera-se que hoje a sua colega, Nina Pham, dê entrada no Centro Clínico da rede de Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (Maryland).
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