Recessão será menos profunda em 2013 e retoma será mais fraca em 2014 avança o Banco de Portugal

| Economia
Porto Canal

O Banco de Portugal melhorou hoje as previsões do crescimento para 2013, antecipando uma contração de 2% e não de 2,3%, mas piorou as de 2014, esperando que a economia cresça apenas 0,3% e não 1,1%.

No Boletim Económico de Verão, hoje divulgado, o Banco de Portugal (BdP) continua a esperar uma recessão para este ano, de 2%, mas menos forte do que o estimado em março, altura em que, tal como as previsões do Governo e da 'troika', apontava para um recuo de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), refletindo "uma forte queda da procura interna e um aumento significativo das exportações". Estes cálculos representam um abrandamento da recessão face a 2012, ano em que a economia portuguesa recuou 3,2%.

Para 2014, a instituição liderada por Carlos Costa estima agora um crescimento ligeiro, de 0,3%, piorando a previsão apresentada no Boletim Económico da Primavera, divulgado em março, que apontava um crescimento de 1,1%.

Esta previsão de crescimento de 0,3% do produto em 2014 é mais pessimista do que a da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), que aponta para um crescimento de 0,6% no próximo ano, segundo os documentos da sétima avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), divulgados em junho.

No entanto, a previsão do Banco de Portugal é ligeiramente mais otimista do que a da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que calcula que o PIB português cresça 0,2% em 2014.

O banco central explica que para a revisão em queda do crescimento económico em 2014 irá contribuir a "forte redução da despesa pública, o abrandamento do ritmo de queda da procura interna privada e a manutenção de um crescimento robusto das exportações".

"As pressões inflacionistas, tanto internas como externas, deverão manter-se reduzidas ao longo do horizonte de projeção, traduzindo-se num crescimento dos preços no consumidor inferior a 1%", lê-se ainda no documento.

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