Passos Coelho anuncia que Governo pretende reduzir défice para 2,7% no próximo ano

Passos Coelho anuncia que Governo pretende reduzir défice para 2,7% no próximo ano
| Economia
Porto Canal

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que o Governo pretende reduzir o défice para 2,7% no próximo ano, acima da meta inicialmente prevista no Documento de Estratégia Orçamental em abril, que apontava para 2,5%.

"Ao longo destes três anos, apesar da recessão, conseguimos baixar para 4% o défice e, no próximo ano, iremos reduzi-lo para 2,7%", afirmou Pedro Passos Coelho, sublinhando que esta será a primeira vez em 15 anos que Portugal terá um défice abaixo dos 3%.

Pedro Passos Coelho fez este anúncio numa deslocação ao concelho de Oleiros, na véspera da entrega do Orçamento do Estado para 2015 na Assembleia da República.

"Portugal sairá do procedimento por défice excessivo em 2015", frisou Passos Coelho, referindo que também se irá reduzir o défice estrutural.

Segundo o primeiro-ministro, a única dívida pública que Portugal está a emitir deve-se ao facto de o país ainda ter “défice público".

Segundo o primeiro-ministro, esta "é a primeira vez" que Portugal conseguiu crescer com “o Estado a reduzir o défice e com as famílias a reduzirem o seu endividamento", considerando que o Governo está a manter as "contas equilibradas", com o país a crescer sem "contrair mais dívida pública ou privada".

Ainda sobre o Orçamento do Estado para 2015, Passos Coelho considerou que a nível fiscal se deve colocar um incentivo adequado para quem tenha agregados familiares mais extensos e compensar municípios cujas empresas tenham mais impacto local, independentemente da sua sede social.

As respostas "aos problemas da natalidade e da demografia" são essenciais, no entender do primeiro-ministro, realçando que sem essas medidas "não haverá Estado com sustentabilidade social".

"Os sinais que temos para o ano são já positivos no sentido de responder a essas preocupações", notou.

À saída da sessão solene na Câmara de Oleiros, onde discursava, Pedro Passos Coelho foi recebido por cerca de 50 manifestantes que protestavam contra as portagens na A23, contra os cortes nos salários e em defesa da escola pública.

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