Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT critica Passos Coelho por não intervir na defesa da empresa

Sindicato dos Trabalhadores do Grupo PT critica Passos Coelho por não intervir na defesa da empresa
| Economia
Porto Canal

O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT) criticou hoje a posição do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, por não intervir na defesa da PT Portugal, "empresa de tão grande importância estratégica e económica para o país".

Em comunicado, a direção do sindicato argumenta que "uma empresa de interesse privado não pode servir de desculpa em momento extremanente delicado para uma empresa tão importante para Portugal e para o futuro de milhares de trabalhadores e das suas famílias que dela dependem".

Para o sindicato, "as boas relações que Portugal mantém com o Brasil permite e legitimam o Governo para, no mínimo, junto dos representantes do Estado no Brasil, um dos principais acionistas, tentar sensibilizar para a importância para o Brasil e para a Portugal da continuidade do projeto de fusão entre a Oi e PT".

Esta posição surge na sequência da saída de Zeinal Bava da presidência da Oi e da intenção do grupo francês, Altice, dono da Cabovisão e Oni, em comprar a PT Portugal.

"Se tal não acontecer, o Governo terá de tudo fazer para assegurar a continuidade da PT Portugal com base numa estratégia que salvaguarde a competência técnica e humana atualmente existente na empresa", pelo que se o primeiro-ministro atuar, este e o Governo "tornam-se cúmplices de um 'atentado" contra a modernização e desenvolvimento na área das telecomuunicações, prejudicando milhares de trabalhadores e técnicos de grande talento, prejudicando centenas de Pequenas e Médias Empresas que trabalham para a PT e perdendo novos investimentos", referem.

Lembram ainda que "contrariando a tese de 'não envolvimento' do primeiro-ministro", o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, recebeu a Altice, "dizendo que Portugal 'apoia os bons investimentos'”.

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